A juíza Cristiane Mendonça Lage, da 16ª Vara da Justiça Federal, na Paraíba, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Púbico Federal e a partir de agora o ex-procurador Geral do Estado, Gilberto Carneiro passa a ser réu no caso do Jampa Digital.
Além de Gilberto Carneiro, que na época em 2010, era secretário de Administração da Prefeitura de João Pessoa, na gestão do então prefeito Ricardo Coutinho, também passam a réus Thiago Menezes de Lucena Claudino, Dilson José de Oliveira Leão, Francisco Adrivagner Dantas de Figueiredo, Cristiano Galvão Brochado da Silva, Mário Wilson do Lago Júnior, Paulo de Tarso Araújo Souza, Celso da Silva Santos, Francisco Antônio Caminha, José Eugênio de Jesus Neto.
Os réus vão responder criminalmente perante a Justiça Federal , acusados pelo Ministério Público Federal de desvios de recursos federais destinados ao projeto Jampa Digital, peculato e lavagem de dinheiro. A denúncia assinada pelo procurador Victor Carvalho Veggi , também pede o ressarcimento pelos danos aos cofres públicos em torno de R$ 3,4 milhões.
DENÚNCIA DO MPF – A denúncia é resultado de anos de investigação pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União. Uma Operação da Polícia Federal colheu documentos para subsidiar os investigadores.
OPERAÇÃO LOGOFF EM 12 DE MAIO DE 2012 – A Polícia Federal deflagrou a Operação Logoff no dia 12 de maio de 2012 , cumprindo diversos mandados de busca e apreensão para combater e desvendar o esquema montado para prática de crimes no programa Jampa Digital.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de empresas e empresários nos estados de Pernambuco e Bahia, além da sede da Prefeitura de João Pessoa.
REPORTAGEM DO FANTÁSTICO / 25 de MARÇO DE 2012 – No domingo, 25 de março de 2012, uma reportagem especial do Fantástico denunciou uma série de irregularidades na execução do programa Jampa Digital, apontando superfaturamento na compra de produtos e equipamentos, direcionamento das licitações, e esquema de pagamento de propina para campanha política.
ASSASSINATO DE BRUNO ERNESTO EM 07 DE FEVEREIRO DE 2012 – O assassinato do jovem Bruno Ernesto, em fevereiro de 2012 ainda é um mistério para a polícia , amigos e familiares. Jovem talentoso no que fazia na área de tecnologia, Bruno Ernesto, trabalhou no setor de tecnologia da Prefeitura e chegou a revelar a mãe, dona Inês do Rêgo Ernesto, sua indignação com coisas erradas no Jampa Digital.
Bruno Ernesto foi abordado por homens no Bancários e levado na mala do seu próprio carro, para uma área desabitada em Gramame, zona sul da cidade de João Pessoa.
O jovem foi assassinado com dois tiros, sendo um na nuca, com clara característica de execução.