
O objetivo, segundo o documento do Simed-PB, é fazer com que o Governo do Estado pague aos médicos efetivos, ou seja, os concursados, os mesmos valores que são pagos aos profissionais temporários.
Segundo o relato do SIMED-PB, o médico concursado chega a receber até quatro vezes menos em relação ao médico temporário, como por exemplo, dos médicos temporários da especialidade de cirurgia torácica ou vascular do Hospital de Trauma, que recebem de R$ 16 a 20 mil reais por mês por uma jornada de 24h semanais, enquanto que os médicos concursados em todas as especialidades recebem o valor bruto de R$ 4.957,23 por mês, já incluído o adicional de insalubridade de R$ 40,00, para a mesma jornada de 24 horas semanais.
O Sindicato dos Médicos defende a tese de isonomia entre os integrantes da mesma categoria profissional, invocando um precedente do próprio Tribunal de Contas, que chegou a aplicar multa a um ex gestor da SES por realizar o pagamento diferenciado da Gratificação de Plantão SUS para os servidores da mesma categoria funcional.
Além do pedido de isonomia remuneratória, o SIMED-PB solicitou que o TCE determine que o Executivo Estadual regulamente através de Lei Estadual o pagamento da Gratificação de produtividade SUS, para incorporá-la aos vencimentos do servidor efetivo, dando mais transparência e objetividade na concessão deste título salarial, já que da forma como a SES vem praticando, ocorre um sério risco de dano não só à categoria médica, mas ao próprio erário.
O SIMED-PB já havia solicitado a isonomia e a regulamentação da gratificação junto ao Governo do Estado e à Secretaria Estadual de Saúde, mas infelizmente o pedido não foi atendido.