Houve um tempo na Paraíba em que centenas de processos contra jornalistas e cidadãos se transformaram em instrumento do governante para tentar calar alguns profissionais de imprensa e consequentemente a opinião pública.
Alguns “enxeridos” como foram chamados jornalistas e radialistas que ousaram a falar do Jampa Digital, do Propinoduto, do caso Cuiá, do Gari Milionário, do escândalo da Cruz Vermelha Brasileira, das caixas de vinho na Granja, na violência sofrida pela ex-primeira dama Pâmela Bório, entre outros temas que estavam fora da pauta da mídia oficial.
Processos não faltaram aos que queriam falar do caso do assassinato do jovem Bruno Ernesto, executado com um tiro na nuca, mas que a investigação policial jura que foi latrocínio ( roubo seguido de morte).
Hoje percebe-se claramente que a luta dos jornalistas, radialistas e cidadãos não era contra a estrutura de Governo, mas sim em face de uma organização criminosa, levando-se em consideração as investigações da força-Tarefa no âmbito da Operação Calvário.
A Operação Calvário ainda não acabou, falam até que que está apenas começando, e o número de denúncias vai avolumando processos nas costas do apontado pela Investigação Calvário, chefe da organização criminosa, ex-governador Ricardo Coutinho.
A charge de Régis Soares é inspiração de um artista que já foi perseguido por diversos setores da política paraibana e brasileira.
E a partir da charge, a inspiração para falar do peso da Operação Calvário nas costas de quem com o ferro já feriu.
Marcelo José
Jornalista/advogado
Charge : Régis Soares