Alvo da ação de uma organização criminosa, desmantelada pela investigação da força-Tarefa no âmbito da Operação Calvário, o Lifesa – Laboratório Industrial Farmacêutico do estado da Paraíba – realizará Assembleia Geral na próxima sexta-feira, dia 24, com acionistas para tomar contas dos administradores, examinar e votar movimentação financeira e eleger membros dos Conselhos de administração e Fiscal.
A convocação foi publicada no Diário Oficial do Estado e a Assembleia Geral Ordinária está marcada para às 10h da próxima sexta-feira, dia 24, na sede do Lifesa, na avenida João Machado, 109, Centro, João Pessoa.
Segundo denúncia do Gaeco/MPPB o ex-governador Ricardo Coutinho, apontado como chefe da organização criminosa, responsável por desvios milionários na saúde do estado, utilizou o Lifesa para praticar crimes e obter lucros pessoais.
Consta nos autos da denúncia que o Lifesa foi reestruturado com verbas públicas, e logo em seguida, executado o plano criminoso de compra por empresa privada de 49% das ações do Lifesa, o que foi efetivado através da TROY SP, controlada por Daniel Gomes, sócio e parceiro de Ricardo Coutinho desde a implantação desde 2010, nas eleições, quando o empresário bancou R$ 500.000,00 ( quinhentos mil reais) para a campanha do socialista ao Governo da Paraíba.
Segundo a denúncia, para retribuir a ajuda de meio milhão de reais, à época, o governador eleito Ricardo Coutinho editou Medida Provisória para agilizar a contratação da Cruz Vermelha Brasileira para administrar o Hospital de Trauma da Capital.