Os governadores do Nordeste assinaram uma carta enviada ao Governo da China dia 18 de março, pedindo ajuda em equipamentos, insumos e materiais para enfrentamento à cobid-19, doença causada pelo novo coronavírus surgido no final do ano passado na República Popular da China.
Os governadores do Nordeste encaminharam o pedido à China por meio do Consórcio Nordeste, iniciativa na qual há compromisso dos Estados em realizar grandes compras juntos com promessa de baratear os bens adquiridos.
O Consórcio Nordeste surgiu também com objetivos políticos, pois todos os governadores que integram o bloco são adversários políticos do presidente da República, Jair Bolsonaro, uns mais radiciais do que outros na Oposição ao Governo Federal.
O pedido de equipamentos dos governadores do Nordeste à República Popular da China pode ter sido pela experiência que os chineses passaram, mas também pela afinidade política com o regime comunista.
Após esperar pelo atendimento aos pedidos os governadores resolveram tentar comprar, por duas vezes , respiradores no exterior, uma delas aos chineses, mas nenhuma das duas teve êxito.
Pior que em uma das compras o Consórcio Nordeste pagou antecipado R$ 49 milhões, os equipamentos não foram entregues e agora há um esforço para ter de volta o dinheiro dos trabalhadores nordestinos que serviu para pagar por algo que nunca veio.
Na Paraíba, por exemplo, os auditores do Tribunal de Contas do Estado estão querendo que o Governo do Estado apresente o processo para justificar notas de empenho que somam R$ 12 milhões em favor do Consórcio Nordeste.