Mais um investigado na Operação Calvário resolveu contar tudo que sabe sobre crimes praticados por integrantes da organização criminosa., responsável por desvios milionários na saúde e educação do Governo da Paraíba.
Logo quando foi preso em 17 de dezembro de 2019 na Operação Juízo Final, sétima fase da Operação Calvário, ele se preparou para colaborar com a investigação e a Justiça, mas acabou não consumando.
O investigado sabe que após as delações de Livânia Farias, Ivan Burity e Daniel Gomes da Silva, é necessário mais que boas revelações para ter a colaboração homologada.
As delações no âmbito da Operação Calvário tiveram início com Leandro Nunes de Azevedo, preso na 1ª fase da Calvário, di 1º de fevereiro, após ser flagrado recebendo uma caixa com quase R$ 1 milhão das mãos de Michelle Louzada Cardoso, em um hotel de luxo no Rio de Janeiro.
Leandro Azevedo confirmou que o dinheiro da propina fora utilizado para pagar fornecedores da campanha do atual governador João Azevedo. E contou todo o seu trabalho a serviço da organização criminosa de recebimento de propina.
A própria Michelle Louzada Cardoso também decidiu fazer delação premiada contando quantas vezes teve de vir à Paraíba de jatinho particular para entregar malas de dinheiro para campanhas eleitorais de Ricardo Coutinho.
Livânia Farias contou, em sua delação premiada, aos promotores e procuradores da Força-Tarefa, que entregou na Granja Santana caixas de dinheiro ao ex-governador Ricardo Vieira Coutinho.
Daniel Gomes, o chefe da orcrim na esfera privada além de revelar que Ricardo Coutinho era o chefe da orcrim na Paraíba, detalhou operações que rendiam muito dinheiro em propina, e ainda entregou gravações com mais de mil horas de conversas dele com Ricardo e com auxiliares do Governo,a exemplo de Gilberto Carneiro, Livânia e Waldson de Souza.
Não se sabe se o novo delator revelou à Força-Tarefa o medo de morrer, como fizeram outros colaboradores.