Investigação privada, espionagem, arapongagem. A gestão Girassol não tinha limites. A orcrim comandada, segundo o Gaeco/MPPB, pelo ex-governador Ricardo Coutinho, se sentiu incomodada pela fiscalização de auditores do TCE na gestão da Cruz Vermelha Brasileira, e contratou empresa para espionar conselheiros e auditores do TCE, seus familiares e até crianças, elaborar dossiês e coagir os integrantes da Corte.
A revelação está detalhada em uma nova denúncia oferecida pelo Gaeco/ Ministério Público da Paraíba, contra Ricardo Coutinho, Gilberto Carneiro, Waldson de Souza, Gilberto Carneiro, Livânia Farias, Daniel Gomes da Silva, Richard Euler Dantas e Ricardo Elias Restum Antônio.
A denúncia envolve dois fatos desvendados durante a investigação da Operação Calvário. Além da contratação de empresa para elaborar dossiês contra conselheiros e auditores, a peça do Ministério Público da Paraíba revela também o pagamento de R$ 200 mil a auditor do TCE pelo diretor da Cruz Vermelha, Ricardo Elias Restum Antônio.
Estariam , em tese, configurados, os crimes de coação, peculato e corrupção ativa e passiva.
O Juízo da 4ª Vara Criminal da Capital recebeu a denúncia no último dia 21 de fevereiro e os investigados passaram a condição de réus na ação penal.