O empresário Jardel Aderico, desconhecido da sociedade paraibana , e preso no escândalo da Operação Calvário, conseguiu habeas corpus para deixar a prisão, com voto da relatora Laurita Vaz.
O fato criou ânimo novo para integrantes da orcrim, mas o fato é que, segundo a investigação Calvário, a atuação do empresário solto, em nada se compara ao papel do considerado chefe Ricardo Coutinho, seu irmão Coriolano Coutinho e outros presos. Jardel Aderico não era do núcleo político da orcrim, segundo consta em denúncia do MP.
Por 3 x 2 em julgamento realizado dia 17 de dezembro no STJ, exatamente no dia em que a sétima fase da Operação Calvário estava dando cumprimento a mandados de prisão contra o ex governador Ricardo Coutinho, acusado de chefiar a organização criminosa, e mais 16 outros investigados.
Entre os presos estão o irmão do ex governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho, o ex procurador do estado, Gilberto Carneiro, a prefeita de Conde Márcia Lucena, a deputada Estela Bezerra, entre outros.
Os acusados de integrarem a organização criminosa estão otimistas quanto as chances de deixarem a prisão depois de terem acesso ao voto da relatora Laurita Vaz, no julgamento de habeas corpus de Jardel Aderico.
Há detalhes que precisam ser explicados. Jardel não integra o núcleo político da orcrim, segundo consta na denúncia do Ministério Público.
Jardel Aderico é acusado de dar propina nos contratos que tinha com o Governo. Foi preso na sexta fase da Operação Calvário em outubro, ou seja, antes da prisão do considerado chefe da orcrim.
O que também foi dito ainda é que Eduardo Simões, que era diretor do Hospital de Mamanguape, preso também na sexta fase, igualmente conseguiu habeas corpus.
Resta saber se a ministra Laurita Vaz vai considerar que os papéis de Jardel Aderico e Eduardo Simões, eram iguais aos desenvolvidos por Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho e outros investigados.