O ex-governador Ricardo Coutinho acertou propina para a Cruz Vermelha Brasileira assumir o Hospital de Trauma, acordou outros valores na compra de equipamentos do Hospital Metropolitano, cobrou mais recursos para o Ipcep assumir o Hospital de Mamanguape.
As revelações foram todas feitas por diversos integrantes da organização criminosa, que em acordo de delação premiada, com o Gaeco ou com a Procuradoria Geral da República, confirmaram o ambiente de troca de favores por propinas, contaram detalhes , entregaram gravações, documentos e provas.
Em uma das revelações a ex-assessora da Procuradoria Geral do Estado, Maria Laura Farias Almeida Carneiro, confirmou que até os móveis do escritório particular do ex-governador eram bancados com dinheiro de propina.
“Parte dos móveis adquiridos para o canal 40, paos por meio de propinas, foram destinados, posteriormente, ao escritório de Ricardo Coutinho, no Bairro dos Estados. Acrescentou que adquiriu, com dinheiro de propina, material de informática, celulares e outros tantos objetos, ressaltando ter conhecimento que a casa onde estava instalado o CANAL 40 pertencia a irmã de Ricardo Coutinho, mas a fiscalização daquele imóvel competia a Coriolano Coutinho”, consta do despacho do desembargador Ricardo Vital de Almeida.
Segundo a delação do ex-secretário Ivan Burity os custos com reforma e adequação do prédio do canal 40 em Mangabeira ultrapassaram a R$ 1 milhão, e as instalações ficaram suntuosas, com toda estrutura moderna e salas e ambientes, e até um escritório com suíte para o ex-governador Ricardo Coutinho.