Era uma sexta-feira, dia 14 de dezembro de 2018 quando o Gaeco do Ministério Público da Paraíba dava cumprimento ao mandado de prisão contra uma empresário carioca que estava hospedado em um hotel na orla de João Pessoa.
Era a 1ª fase da Operação Calvário, deflagrada a partir de investigações do Gaeco, do Ministério Público do Rio de Janeiro, que naquele dia 14 de dezembro dava cumprimento a 11 mandados de prisão e 44 mandados de busca e apreensão.
Entre os 11 presos na 1ª fase da Calvário estavam Roberto Kremser, empresário carioca que tinha viajado à João Pessoa, para resolver questões de empresas contratadas pela Cruz Vermelha.
O compartilhamento de provas a partir do Rio de Janeiro forneceu ao Gaeco, do MPPB, um turbilhão de informações, e a missão de desvendar a ação criminosa na Paraíba.
MISSÃO DO GAECO/MPPB TEVE MAIS OBSTÁCULOS – A partir de análises das condições em que foram deflagradas as investigações no Rio de Janeiro e na Paraíba, é facilmente compreensível que o Gaeco do MPPB teve muito mais obstáculos na apuração dos fatos.
Fazendo uma comparação percebemos que todo o trabalho de investigação no Rio de Janeiro ocorreu sem ninguém saber, nem imprensa, nem os investigados. O elemento surpresa é essencial para o sucesso de uma operação como essa, que mira tanto empresários, como agentes públicos influentes.
Na Paraíba quando foi iniciada a investigação , tanto a imprensa cobrava resultados imediatos, como a sociedade exigia os nomes dos criminosos, e os investigados, sabendo exatamente o que tinham feito, certamente destruíram provas, esconderam dinheiro, e combinaram ações para obstruir o trabalho dos promotores do Gaeco.