A estratégia dos advogados do ex-governador Ricardo Coutinho revela que o desejo da defesa era de que a vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura, julgasse o pedido de habeas impetrado nesta sexta-feira, dia 20, na Corte.
Os advogados deixaram para impetrar o habeas corpus nesta sexta-feira, dia 20, quando a Justiça já está em recesso. Na prática isso significa que o pedido já não será apreciado pela relatora, ministra Laurita Vaz, que negou o pedido de habeas corpus de cinco presos na Operação Juízo Final, 7ª fase da Operação Calvário.
A ministra Laurita Vaz negou os pedidos de habeas corpus de Coriolano Coutinho (irmão do ex-governador Ricardo Coutinho), Gilberto Carneiro (ex-procurador geral do estado), Valdemar Ábila, Márcio Nogueira e Hilário Ananias.
No caso o pedido de habeas corpus é encaminhado direto ao presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro João Otávio Noronha.
Ocorre que foi declarado impedimento/suspeição do presidente do STJ, fato já previamente esperado pelos advogados de defesa, o que deverá fazer o habeas corpus ser encaminhado para ser julgado pela vice-presidente da Corte, ministra Maria Thereza de Assis Moura.
O ex-governador Ricardo Coutinho, apontado como o chefe da organização criminosa na Paraíba para desviar milhões de reais da saúde, educação e outros setores do gestão estadual, aposta todas as suas fichas de que a vice-presidente do STJ conceda a liminar.
É aguardar pra ver.