Os escândalos que estão sendo constatados por órgãos de fiscalização, e que estão resultando em ações criminais na Justiça da Paraíba, foram todos denunciados pelos jornalistas processados na gestão do Governo Girassol nos últimos 8 anos.
O Jampa Digital, que pode ter ligação com o assassinato do jovem Bruno Ernesto é um desses casos. À época a denúncia dos jornalistas paraibanos ganhou repercussão nacional, a partir de reportagem do Fantástico da Rede Globo de Televisão. Em seguida houve uma Operação da Polícia Federal.
O processo do Jampa Digital percorreu Cortes superiores, no caso, no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, devido investigados com mandato e portanto com foro por prerrogativa de função, o chamado “foro privilegiado”.
No Tribunal de Contas do Estado o caso foi julgado e o ex-procurador geral do estado,Gilberto Carneiro, sob gestão Girassol, foi condenado a devolver R$ 355 mil, solidariamente com o espólio do ex-secretário Paulo Badaró.
Outro caso também denunciado por jornalistas processados foi o “escândalo do propinoduto” amplamente divulgado, mas abafado na gestão do Governo Girassol na Paraíba.
Em junho de 2011 , segundo denúncia do Gaeco (MPPB) , a partir da delação premiada da própria então secretária Livânia Farias, R$ 81 mil que seriam entregues a Coriolano Coutinho, Gilberto Carneiro, Laura Farias e à própria Livânia Farias, foi apreendido em um carro vindo de Recife dirigido por um funcionário de um escritório de advocacia com quem a Prefeitura de João Pessoa à época fez um contrato milionário para recuperação de créditos tributários.
Para não passar o dia relatando os escândalos denunciados pelos jornalistas processados na gestão do Governo Girassol, vamos citar apenas mais um : o desvio de milhões de reais através da Cruz Vermelha Brasileira e outras Organizações Sociais contratadas pelo Governo da Paraíba para administrar Hospitais e UPAs em diversas cidades do estado.
Também foram os mesmos jornalistas processados que alertaram a sociedade sobre os riscos ao erário público a partir de contratos do Governo da Paraíba , inicialmente com a Cruz Vermelha Brasileira, para administrar o Hospital de Trauma da Capital. Um tio do Daniel Gomes da Silva, controlador da Cruz Vermelha, acabara de doar seis meses antes dos contratos, R$ 300 mil para a campanha do ex-governador Ricardo Coutinho na campanha de 2010.
O Gaeco virou o símbolo de um novo tempo, em que os jornalistas não estão sozinhos numa luta inglória. A Força Tarefa da Calvário através do Gaeco/MPPB, MPF, PF, CGU e TCU, vem causando pânico aos corruptos , e comprovando as informações desses mesmos jornalistas processados.
Processo contra jornalista na Paraíba virou medalha de coragem e coerência. A Paraíba está dividida entre uma Orcrim – Organização Criminosa que desviou milhões dos cofres públicos, da saúde, educação e outros setores, e a Força Tarefa da Operação Calvário.
Qualquer condenação que ocorra contra o jornalista no seu mister em defesa da sociedade jamais se confundirá com as condenações aos corruptos flagrados na Paraíba. Pois no embate cotidiano esses estavam em missão divergente, e em campos diametralmente opostos.