O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, externou a sua constatação em relação a nocividade descoberta no âmbito da Operação Calvário nos cofres públicos da Paraíba, em relação as áreas de saúde e educação. “O grau de danosidade de tais ações é de tal monta que não é possível aquilatar o âmbito do prejuízo causado. Além disso, a gravidade das condutas também resta evidenciada pelos prejuízos aos cofres públicos, com reflexo nos serviços de saúde e educação prestados à população, os quais vem se mostrando deficiente no nosso Estado”, relata o ministro.
A constatação do ministro Nefi Cordeiro consta de despacho em que nega pedido de habeas corpus aos três alvos de mandados de prisão preventiva dia 9 de outubro por ocasião da 5ª fase da Operação Calvário. O ex-secretário Executivo de Turismo, Ivan Burity, o ex-secretário do Governo de Alagoas, e dono de empresa beneficiada com vendas ao Governo da Paraíba, Jardel Aderico da Silva, e o ex-diretor do Hospital de Mamanguape, Eduardo Simões Coutinho, estão presos.
A Operação Calvário foi deflagrada em 14 de dezembro de 2018 com a prisão de 11 pessoas e 44 manados de busca e apreensão cumpridos, a partir da investigação do Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro.
A partir de provas compartilhadas o Gaeco do Ministério Público da Paraíba iniciou a investigação e constatou a utilização de Organizações Sociais ( Cruz Vermelha Brasileira e IPCEP) para desvios de recursos da saúde no Estado. O avanço da Operação Calvário já chegou aos desvios realizados também na área da educação.