O ministro Nefi Cordeiro do Superior Tribunal de Justiça negou , em sede de liminar, pedido de habeas corpus impetrado pelos advogados do ex-secretário de estado da Paraíba Ivan Burity, preso há 15 dias, na 5ª fase da Operação Calvário.
O ministro Nefi Cordeiro é o mesmo que negou pedido de habeas corpus a Daniel Gomes da Silva, apontado pela investigação Calvário como sendo o chefe da organização criminosa que se utilizou da Cruz Vermelha Brasileira e do IPCEP para desviar milhões de recursos públicos da saúde dos estados da Paraíba e Rio de Janeiro.
Ivan Burity foi preso há cerca de 15 dias na 5ª fase da Operação Calvário na Paraíba. Antes dele já tinham sido presos no estado da Paraíba a ex-secretária Livânia Farias, e os ex-assessores no Governo do Estado, Leandro Nunes de Azevedo e Maria Laura Calda Almeida Carneiro.
Também são alvos da Operação Calvário, os ex-auxiliares do Governo, Gilberto Carneiro da Gama, ex-procurador-geral do estado, e Waldson de Souza, ex-secretário de Saúde do estado , ex-secretário de Planejamento e foi o coordenador da campanha do governador João Azevedo (PSB).
A Operação Calvário foi deflagrada dia 14 de dezembro de 2018 com a prisão de 11 pessoas, entre as quais Daniel Gomes da Silva e Roberto Kremser, este preso em um hotel na orla da praia do Cabo Branco, em João Pessoa.
As organizações sociais, Cruz Vermelha Brasileira e IPCEP, tiveram acesso a cerca de R$ 2 bilhões de recursos públicos, sendo cerca de R$ 1,1 bilhão na Paraíba.
A Cruz Vermelha Brasileira foi contratada para administrar o Hospital de Trauma da Capital, logo no primeiro ano da gestão do Governo de Ricardo Coutinho.
O ex-governador Ricardo Coutinho editou a Medida Provisória 178/2011 regulamentando a gestão compactuada, e possibilitando de imediato a contratação da Cruz Vermelha o que ocorreu dois dias após a publicação da MP 178/2018.