O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires foi inaugurado dia 4 de abril de 2018 , imediatamente foi entre nas mãos do IPCEP, Organização Social envolvida na Operação Calvário, que no dia seguinte, 5 de abril, começou a comprar material médico hospitalar superfaturado.
No dia seguinte a inauguração o IPCEP já comprou R$ 900 mil em produtos, e nos últimos 9 meses de 2018 a Nordeste Medical faturou cerca de R$ 4 milhões com vendas ao Hospital Metropolitano.
Auditoria do Tribunal de Contas do Estado acaba de concluir relatório que mostra superfaturamento de R$ 1 milhão só em compras pelo IPCEP de material médico hospitalar apenas a uma empresa, a Nordeste Medical.
“Após o levantamento verificou-se sobrepreço na aquisição de material médico-hospitalar, feita pela Organização Social (OS) Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (IPCEP), em administração da gestão do Hospital Metropolitano
Dom José Maria Pires, em Santa Rita, sob a supervisão da Secretaria de Estado da Saúde, e fornecida pela empresa Nordeste Medical, Representação, Importação e Exportação de Produtos Hospitalares Ltda, no montante de R$ 1.022.614,07 (um milhão, vinte e dois mil, seiscentos e quatorze reais e sete centavos) (item II)”, diz a síntese do levantamento da auditoria.
Além do relatório apontar superfaturamento na compra de material médico hospitalar também faz referência a divergência a código de produtos adquiridos: “divergências nos códigos dos produtos, as quais devem ser explicadas sob pena de imputação (item III.a.)” revela a síntese da auditoria.
INAUGURADO DIA 4 DE ABRIL HOSPITAL METROPOLITANO COMEÇOU A COMPRAR MATERIAL SUPERFATURADO NO DIA 5 DE ABRIL
O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires foi inaugurado dia 4 de abril de 2018, e já no dia seguinte, 5 de abril, através da Organização Social IPCEP – Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional – , começou a comprar produtos superfaturados, conforme revelam informações fornecidas pela tabela de compras mostrando as datas de aquisição de material a partir de 5 de abril.
No primeiro dia as compras somaram R$ 900 mil, e todas as aquisições tiveram seus preços comparados através de pesquisa realizada pelos auditores do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, para o relatório ser concluído.
O PROCESSO COMEÇOU COM DENÚNCIA DE CONCORRENTE QUE FOI PRETERIDO DE VENDER AO HOSPITAL METROPOLITANO :
Uma denúncia formulada ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba no dia 19 de julho do ano passado por uma empresa que apresentou preços mais baixos para a aquisição dos mesmos produtos gerou todo o questionamento.
A denúncia foi formalizada pelo empresa Fixar Comércio de Produtos Ltda devido perceber que estava sendo preterido no processo de vendas para o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, mesmo ofertando preços menores do que o concorrente, no caso a Nordeste Medical.
“Informa que trocou mensagens com o setor de compras do Hospital Metropolitano a fim de ajustar a sua proposta no sentido de atender a urgência com relação a entrega de 50% dos produtos em até 15 (quinze) dias úteis e o restante em até 30(trinta) dias úteis. Informa que teve conhecimento do fechamento da aquisição do material entre o Hospital Metropolitano e a empresa concorrente NORDESTE MEDICAL pelo valor de R$ 294.000,00, o que representa um percentual de 44% a mais do preço por ela denunciante ofertado. Esclarece que enviou e-mail a Diretora de Compras e Contratos do IPCEP, requerendo a cópia integral dos autos relativos ao Processo nº 300/2018, não tendo obtido sucesso e em nova tentativa protocolou requerimento físico na sede do Hospital Metropolitano e de igual forma não foi atendido”, consta de trecho do relatório da auditoria sobre a denúncia.