O cidadão paraibano seria o grande destinatário dos recursos públicos destinados à saúde, oriundos exatamente do seu pagamento dos tributos obrigatórios.
Ocorre que uma Organização Criminosa se utilizou de uma Organização Social, a Cruz Vermelha Brasileira, para desviar esse dinheiro criminosamente.
Os recursos públicos que deveriam salvar vidas no Hospital de Trauma foram desviados para empresários, agentes públicos, políticos e campanhas eleitorais.
O Ministério Público do Rio de Janeiro, após rigorosa apuração, aponta o empresário Daniel Gomes da Silva, como o chefe da Organização Criminosa, no âmbito empresarial no Rio de Janeiro.
Falta agora que o Ministério Público da Paraíba aponte quem é o figurão que montou essa engenharia criminosa na esfera pública em nosso estado.
A investigação do MP desnudou integralmente o modus operandi : A Cruz Vermelha, trazida pelo Governo do Estado, contratava empresas sem licitação, pelo preço que queria.
As empresas contratadas com preço muito acima do justo, ao receber o pagamento, sacavam o dinheiro, e devolviam ao chefe da Orcrim, para que com esse dinheiro pudesse comprar mansões na Europa, pagar propina a agentes públicos e abastecer campanhas eleitorais.
Com as delações premiadas homologadas de Leandro Nunes de Azevedo, Maria Laura Caldas e Livânia Farias, uma estrutura montada a partir do poder público na Paraíba, para sangrar o erário, está preste a ruir.
A mais simplória revelação de Livânia Farias, por exemplo, desvendou o caso do Propinoduto, caso denunciado pela imprensa há mais de 8 anos, e que agora foi revelado.
Os cidadãos paraibanos, os verdadeiros patrões dos servidores públicos, inclusive do MP e do Judiciário, não desejam excessos, nem vingança. Só Justiça.