Os dois principais operadores no recebimento de propina e pagamento de fornecedores e prestadores de serviço em campanhas eleitorais passaram a trabalhar juntos na campanha de 2010.
Leandro Nunes de Azevedo revelou em seu acordo de delação premiada que sua relação de amizade com a outra operadora, Maria Laura Caldas Carneiro, ocorreu nas eleições de 2010, quando concorriam ao cargo de governador Ricardo Coutinho que acabara de desincompatibilizar da Prefeitura de João Pessoa , e o então governador José Maranhão, candidato a reeleição.
“A relação (entre os dois) começou em 2010 quando ela começou a trabalhar nas eleições, na sede do PSB, que chegou a pegar dinheiro na casa dela, que ela disse que o dinheiro era guardado atrás do guarda-roupa, que até comprou um cofre por um tempo, que Livânia monitorava o dinheiro que estava com Laura, que o esposo de Laura não tinha conhecimento sobre os eventos, que el não tinha habilidade intelectual para resolver essas questões, que Josildo só fazia cumprir ordens”, relata trecho da denúncia do Gaeco, do Ministério Público da Paraíba.
Essa denúncia se refere apenas a dois crimes atribuídos aos acusados Gilberto Carneiro da Gama, ex-procurador Geral do Estado, e a ex-assessora da PGE, Maria Laura Caldas Carneiro. O primeiro responderá por peculato e a segunda por peculato e lavagem de dinheiro.
Após requerer e cumprir mandados de busca e apreensão, autorizados pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba, o Gaeco chegou a novos indícios dos crimes cometidos. Em endereço da investigada Maria Laura Caldas Carneiro, foram encontradas diversas provas da movimentação financeira.
A denúncia completa será lida no programa Intrometidos nesta quinta-feira, dia 01, de agosto, às 20h, no canal do Youtube.