O esquema criminoso descoberto na Operação Calvário teve acesso a R$ 2 bilhões de recursos públicos da saúde. O montante foi descoberto pela investigação e consta de um despacho do ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça.
O ministro negou liminar em pedido de reconsideração em habeas corpus dos advogados de Rodrigo de Souza Cano, um dos envolvidos no esquema e que está preso no Rio de Janeiro.
“A pretexto de bem servir aos usuários do Sistema Único de Saúde, a malta teve acesso aproximadamente R$ 2 bilhões em recursos públicos”, revelou o ministro para logo em seguida o pedido de reconsideração do indiciado na Operação Calvário.
A primeira fase da Operação Calvário foi deflagrada dia 14 de dezembro de 2018, quando foram presas 11 pessoas e cumpridos 44 mandados de busca e apreensão. Nesse dia foram presos Daniel Gomes da Silva, diretor nacional da Cruz Vermelha Brasileira, e Roberto Kremser Calmon, este estava em um hotel na orla da praia do Cabo Branco, em João Pessoa.
A segunda fase da Operação Calvário foi realizada dia 1º de fevereiro de 2019, com a prisão de Leandro Nunes de Azevedo, e foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços de Waldson de Souza, e Livânia Farias, ambos secretários de estado do Governo da Paraíba.
Dias 14 e 16 de março foi realizada mais uma fase da Operação Calvário, com novos mandados de busca e apreensão, e a prisão da então secretária de Administração do Governo do Estado da Paraíba, Livânia Farias, ocorrido no aeroporto da Grande João pessoa, quando retornava de Minas Gerais.
Dia 30 de abril foi realizada a quarta fase da Operação Calvário com a prisão de Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, lotada na Procuradoria Geral do Estado, e foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, entre os quais na casa do procurador-geral do estado Gilberto Carneiro, e na sede da Procuradoria, e no Centro Administrativo do Governo do Estado da Paraíba.