A ex-secretária Livânia Farias resolveu acreditar na promessa de aliados de que ela será solta da prisão nos próximos dias e decidiu não fazer a delação premiada, seguiu orientação do advogado Sólon Benevides e ficou calada diante das perguntas dos promotores nesta quarta-feira.
Ao contrário de Livânia Farias, o ex-assessor dela, Leandro Nunes de Azevedo, preferiu colaborar com as investigações e relatou em mais de 12 horas, detalhes de operações de entrega de propina por parte da Cruz Vermelha a agentes públicos, inclusive para pagar fornecedores da campanha Girassol ano passado.
Livânia Farias, ainda não se sabe por medo, ou por acreditar na promessa de aliados de que ela será solta da prisão, resolveu arcar com as consequências, assumir as acusações que existem contra ela, e poupar algumas figuras possivelmente envolvidas no esquema de propina da Cruz Vermelha Brasileira.
Fontes do Blog revelaram que os familiares de Livânia Farias ficaram contrariados com a posição dela , pois em caso de delação premiada poderia ter benefícios e colaborar com a Justiça.
Livânia Farias está presa desde o último dia 16 , quando recebeu voz de prisão ao chegar no aeroporto Castro Pinto, vindo de Belo Horizonte. Na audiência de custódia Livânia recebeu voz de prisão por um segundo mandado de prisão, dessa vez por ser acusada de receber quase R$ 900 mil de propina da Cruz Vermelha. O primeiro mandado se referia a propina de R$ 400 mil utilizados para a compra de uma casa na cidade de Sousa.
Livânia Farias pode está perdendo a oportunidade de colaborar com a Justiça e obter os benefícios da lei da delação premiada. Leandro Nunes, por exemplo, após colaborar com informações importantes e confirmadas posteriormente, teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares, entre as quais uso de tornozeleira eletrônica.