O ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça, negou nesta sexta-feira, dia 1º, pedido de habeas corpus à Michele Louzada Cardoso, presa desde a Operação Calvário realizada dia 14 de dezembro pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
O habeas corpus, negado nesta sexta-feira, pelo ministro do STJ, foi impetrado em decorrência de um segundo ( o primeiro foi no Rio de Janeiro) mandado de prisão preventiva expedido pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba contra Michele Cardoso, na segunda fase da Operação Calvário, realizada dia 1º de fevereiro.
Segundo as investigações da Operação Calvário, Michele Cardoso, assessora e braço-direito do diretor Daniel Gomes, da Silva, era encarregada de entregar propina a agentes públicos. Consta nas incursões investigatórias que em setembro de 2014 ela veio, de avião particular, com malas de dinheiro, para a campanha eleitoral na Paraíba, quando após perder no primeiro turno, o então candidato Ricardo Coutinho, venceu o opositor Cássio Cunha Lima.
Na segunda fase da Operação Calvário, dia 1º de fevereiro, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva contra Leandro Nunes de Azevedo, ex-assessor, da secretária de Administração Livânia Farias, Daniel Gomes da Silva, considerado o chefe da Organização Criminosa, e Michele Cardoso, assessora particular de Daniel.
Também, na segunda fase da Operação Calvário, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, nas residências dos secretários Waldson de Souza, ex-secretário de saúde, e atual secretário de Planejamento do Estado, e Livânia Farias, secretária de Administração do Estado da Paraíba.