A política tem dessas coisas. É impressionante como os que mais se arriscam para salvar o projeto, depois são injustiçados. Pois é exatamente isso o que ocorre com dois dos mais aguerridos defensores do projeto Girassol. Tião Gomes e Ricardo Barbosa, simplesmente tiveram seus nomes vetados pelo ex-governador Ricardo Coutinho, para concorrer , com o apoio da bancada, à presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba.
Tião Gomes foi decisivo nas eleições de 2010,. Após se eleger deputado estadual com 30.638 votos, no segundo turno aderiu , e levou todos os aliados, para apoiar e decidir as eleições em favor de Ricardo Coutinho. Virou defensor fiel e aguerrido, do líder Girassol. Em 2015 novamente Tião foi decisivo, desta vez para garantir a eleição de aliados de Ricardo Coutinho, à presidência da mesa diretora da Assembleia.
Em 2014 foi a vez de Ricardo Barbosa. O então auxiliar do Governo teve papel preponderante na captação de recursos do Governo Federal para obras significativas, à exemplo da Vila Olímpica, e estádios Almeidão , em João Pessoa, e Amigão, em Campina Grande.
Nas eleições de 2014 apesar de toda a vantagem do senador Cássio Cunha Lima, Ricardo Barbosa, teve a coragem de anunciar apoio à Ricardo Coutinho, sendo sua participação algo emblemático, na campanha laranja.
Mas após as comemorações da campanha de 2018, veio a realidade. Os preferidos de Ricardo Coutinho à presidência da AL, sempre foram Buba Germano e Hervázio Bezerra. Mesmo que se houvesse uma lista sêxtupla, Tião e Barbosa, lá não estariam. Muito pelo contrário, os dois nomes, foram vetados pelo líder Girassol.
Ricardo Coutinho bem que tentou o tiro de misericórdia, acabar com o voto secreto nas eleições da mesa. Sofreu uma dura derrota. Dia 1º de fevereiro está chegando, aí ficaremos sabendo quem vencerá : o capricho do ex-governador, ou a independência do Assembleia Legislativa.