Os explosivos que derrubaram o portão principal do presídio de segurança máxima PB1, na madrugada desta segunda-feira, destruíram junto o discurso do Governo do Estado da Paraíba. Ora, se uma unidade modelo no sistema prisional do Estado, foi invadida e metralhada, a quem o Governo vai garantir segurança ?
O próprio governador Ricardo Coutinho já mudou de discurso por várias vezes. Quando era candidato em 2010 prometeu reduzir em seis meses a violência, combater ataques a bancos e contratar 5 mil novos policiais. Depois que assumiu o cargo de governador, nem cumpriu a promessa de reforçar o efetivo da PM, e jogou a responsabilidade dos ataques dos bancos, aos banqueiros.
Foi uma madrugada de terror. Primeiro o bando, de cerca de 20 homens, metralhou as paredes do presídio. Com armamento pesado a gang deu o recado a agentes penitenciários e policiais que no confronto o Estado perderia a guerra. Afinal no Estado da Paraíba segurança só na Granja do Governador.
Dentro do presídio agentes penitenciários e policiais se deitaram, para se protegerem do ataque devastador. No lado de fora policiais em viaturas temiam por suas vidas e não se aproximaram de imediato. Imagine a cena de filme : um bando com fuzis e metralhadoras entrou na unidade, serrou cadeados e resgatou presos. A cena foi real. No PB1, na Paraíba.
As entidades de agentes penitenciárias, dos delegados e dos policiais civis e militares tem alertado o Governo do Estado. Mas o governador Ricardo Coutinho definitivamente prefere ouvir o marqueteiro, e esconder a sujeira debaixo do tapete. Do tapete não, dos presídios.