O Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar da Paraíba divulgou neste sábado uma nota solidária ao coronel Jarlon Cabral, exonerado, sem qualquer comunicação ao mesmo, e sem nomeação para qualquer função na instituição. A Diretoria do COPM criticou o ato , “pois atitudes como esta são inegavelmente assemelhadas às piores perseguições e isso efetivamente não é bom” E lamentou o fato de um coronel ficar sem função alguma designada pelo Comando Geral. “Deixar um coronel no corredor sem função, enquanto tenentes coronéis ocupam função de coronéis, afronta princípios da disciplina e da hierarquia, tão essenciais quanto a própria história da corporação”, lamenta a nota.
O coronel Jarlon Cabral é coronel da Polícia Militar da Paraíba e tem posições de cobrança de melhores condições de dignidade e respeito para com os companheiros da instituição. Não se sabe o que teria motivado a exoneração do coronel sem qualquer comunicado prévio, e o pior é que como ocupante da patente máxima da Polícia Militar o normal é que seja nomeado para ocupar função na Polícia, o que não ocorreu, ficando o coronel no corredor, chamado aquele oficial que fica sem função designada.
Veja abaixo a nota :
NOTA DE SOLIDÁRIA AO CORONEL JARLON CABRAL
A Diretoria do Clube dos Oficiais da Polícia e Bombeiros Militar, na sua missão inafastável de zelar e representar os oficiais da nossa corporação, vem a público, lamentar, mais uma vez, a forma desrespeitosa com a qual foi tratado o companheiro e digno coronel Jarlon Cabral.
Conhecido por todos, pela sua história de dedicação, o referido oficial do último posto da corporação, foi surpreendentemente exonerado, sem qualquer comunicação prévia, e o mais grave sem nomeação para qualquer outra função compatível com seu posto.
Em 186 anos a Polícia e Bombeiro Militar da Paraíba vive um retrocesso que macula nossa instituição. Pois atitudes como esta são inegavelmente assemelhadas às piores perseguições e isso efetivamente não é bom.
Deixar um coronel no corredor sem função, enquanto tenentes coronéis ocupam função de coronéis, afronta princípios da disciplina e da hierarquia, tão essenciais quanto a própria história da corporação.
Portanto, vimos, respeitosamente, mas com a coragem necessária, lamentar o ato tão incompatível com a corporação, e ao mesmo tempo prestar nossa solidariedade ao companheiro e associado coronel Jarlon Cabral.
O ato é tão profundamente lamentável, ao ponto de acharmos que o nosso governador do Estado, comandante e chefe maior da instituição, não estar ciente da provocação e de suas consequências.
Quanto a injustiça praticada contra um oficial de nossa PMBM/PB, deixamos o ensinamento do filósofo Sócrates, que ao ser perguntado sobre se era melhor praticar ou sofrer uma injustiça, respondeu: “Não preferiria uma coisa nem outra; mas se fosse inevitável sofrer ou praticar uma injustiça, preferiria sofrê-la. Pois o maior mal consiste em praticar uma injustiça”
Aos que se apegam aos cargos, e desapegaram da instituição, é melhor rever seus conceitos, pois os cargos passam e a Instituição permanece.
A Diretoria