O Governo do Estado cortou os salários dos policiais civis da Paraíba que participaram da paralisação da categoria dia 27 de dezembro. A Aspol – Associação os Policiais Civis – emitiu uma nota repudiando a atitude e anunciando que serão tomadas as medidas administrativas e judiciais necessárias para garantir a reposição dos salários dos trabalhadores. Nesta quarta feira os policiais civis realizam uma passeata junto com policiais militares e agentes penitenciários no Centro da Capital. Veja a nota abaixo : A ASPOL e os mais de mil policiais associados realizaram paralisação, porque recebem o *PIOR SALÁRIO DO PAÍS.* Sim, os policiais na Paraíba: – recebem metade do que se paga em 16 estados da federação; – não recebem através de subsídio (conforme prevê a Constituição Federal) – recebem remuneração com muitas gratificações e quando se acidentam no trabalho ou se aposentam perdem mais de 40% do seu salário; – recebem o Risco de vida menor do que outros cargos também de nível superior e que se arriscam menos; – recebem 1/3 do valor constitucional da hora extra; – não possuem um Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), além de muitos outros problemas. A ASPOL/PB vem atuando de forma ordeira e pacífica em seus movimentos, buscando apresentar os problemas salariais que os policiais enfrentam, como também tem levantado problemas da gestão arbitrária com que estamos convivendo, inclusive, agora, pune trabalhadores por lutarem por dias melhores para a sua vida e a de sua família, numa demonstração de total incompetência, posto que inclusive, puniram pessoas que estavam de férias, que doaram sangue, até pessoas que estavam trabalhando, atendendo aos 30%, foram também punidas com falta e consequente perda salarial. A ASSOCIAÇÃO cerca-se sempre de todos os mecanismos legais que possam trazer legitimidade para os movimentos, inclusive, mantendo o atendimento de urgência à população, comunicando os atos às autoridades dentro do prazo, mas, de forma sumaríssima, sem que pudessem apresentar sua defesa, os policiais foram punidos, numa cristalina atitude de desrespeito, de abusos e de falta de organização de uma gestão que já perdeu o rumo da eficiência, pois as perseguições continuam cada vez mais visíveis, sem justificativa legal e indiscriminadas. A intenção de atitudes como essa é amedrontar, punindo os policiais por falta ao trabalho, quando muitos estavam no trabalho, quando muitos estavam de férias e quando muitos inclusive doaram sangue, num gesto nobre e de exercício de cidadania, tudo ignorado pelos nossos gestores que objetivam tão somente a punição desmedida a título de intimidação, querendo tolher o exercício do direito de manifestar a opinião, de protestar, de mostrar a realidade da segurança pública da Paraíba que _não teve aumento salarial como foi veiculado, que não dialogou com pretensão de melhorar a vida dos policiais da Paraíba._ Atos como esse revelam que o foco da gestão não é buscar a harmonia da instituição. O foco é amedrontar a categoria investigativa e de apoio, punindo e desrespeitando seus integrantes, porque ao invés de preocupar com a eficiência que é princípio da administração pública, inclusive, nomeando para receber gratificações as pessoas que atuam em delegacias especializadas, não faz; ao invés de nomear a categoria investigativa e de apoio que está acumulando outras delegacias, não faz, publica apenas para os delegados, numa demonstração de total parcialidade; ao invés de publicar as escalas de plantão, conforme prevê a lei, não fazem, preferem ignorar e focar na arbitrariedade desmedida contra aqueles que tanto atingiram metas para manutenção de seus cargos, mesmo com coletes vencidos, com armas defeituosas, com munições velhas. A ASPOL, ao repudiar tais atitudes dos gestores, informa que ingressará com as ações administrativas e judiciais necessárias para rever as faltas e a reposição dos valores descontados de cada trabalhador. O policial lesado no último ato deverá enviar e-mail informando o nome para a secretaria da Aspol, que responderá encaminhando as procurações necessárias para ajuizamento da ação. O Estado Democrático de Direito, que deveria ser o norte, da atual gestão, se vê cada dia mais apagado, mas a Aspol reafirma, por meio desta, seu compromisso inalienável pela preservação dos direitos do trabalhador policial civil, independentemente da sua posição, e não poupará esforços de adotar as medidas próprias e legais para que se faça Justiça.