Centenas de aprovados no concurso público de Bayeux foram às ruas neste domingo de 7 de setembro, cobrar nomeação já e independência aos concursados.
O manifesto foi realizado no desfile cívico na cidade de João Pessoa.
Aprovados no concurso de Bayeux com faixas e cartazes cobraram da prefeita Tarcyana Leitão a nomeação dos concursados.
O concurso foi realizado em 2024 e homologado pela gestão passada da cidade de Bayeux. Alguns concursados chegaram a ser nomeados, tomaram posse e estão trabalhando.
Porém, a nova prefeita Tarcyana Leitão ao tomar posse mudou o direcionamento do concurso público e decidiu fazer um decreto anulando a homologação do mesmo, prejudicando centenas de famílias que investiram em cursinhos para que seus familiares fizessem as provas com chances de aprovação.
O Ministério Público da Paraíba, através da Promotoria de Bayeux, já ajuizou ações para que a Justiça determine à gestão a obrigação de nomear e dar posse aos concursados.
O juízo de Bayeux chegou a determinar que a Prefeitura organizasse um cronograma com uma programação de nomeação dos concursados de forma organizada e planejada.
A Prefeitura de Bayeux ingressou com um Agravo de Instrumento junto ao Tribunal de Justiça da Paraíba, e o desembargador Aluízio Bezerra, suspendeu os efeitos da decisão do juiz de primeiro grau.
JUSTIÇA SUSPENDEU DECRETO DA PREFEITA DE BAYEUX QUE ANULAVA A HOMOLOGAÇÃO DO CONCURSO – “A Justiça da Paraíba suspendeu os efeitos do Decreto Municipal nº 531/2025, que anulava a homologação do concurso público da Prefeitura de Bayeux. A decisão liminar foi proferida pelo juízo da 4ª Vara Mista da Comarca, em resposta à ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB)”, diz nota publicada no portal de informação do Ministério Público da Paraíba
SUBSTITUIÇÃO ARBITRÁRIA DE CONCURSADOS POR CONTRATADOS – “A ação (0802778-20.2025.8.15.0751), proposta pela 4ª promotora de Justiça de Bayeux, Ana Carolina Coutinho Ramalho, buscou garantir a legalidade do concurso público e impedir o que o órgão classificou como “substituição arbitrária” de servidores concursados por contratos temporários. O Ministério Público destacou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) já havia apontado um número alarmante de servidores temporários, mais que o dobro dos efetivos, configurando burla à regra do concurso público prevista na Constituição.
Segundo o Ministério Público, mesmo após a homologação do certame em julho de 2024 e a realização das provas, a nova gestão municipal, empossada em janeiro de 2025, deixou de nomear os aprovados e voltou a contratar precariamente servidores para os mesmos cargos. Posteriormente, a prefeita editou decreto anulando a homologação do concurso, alegando vícios de competência, ausência de estudo de impacto financeiro, e outras supostas irregularidades — todas, segundo o MP, desprovidas de comprovação concreta.
Na decisão, o magistrado afirmou que “a anulação de um concurso público após sua homologação somente deve ocorrer quando comprovadas graves irregularidades que comprometam a lisura do certame”, o que, no caso, não foi demonstrado. Ele ressaltou ainda que a prefeita poderia ter convalidado o ato de homologação, em vez de anulá-lo com base em argumentos frágeis.
O juiz deferiu parcialmente o pedido de tutela de urgência, suspendendo os efeitos do decreto municipal e mantendo, provisoriamente, a homologação do concurso. Determinou ainda que a Prefeitura se abstenha de exonerar os servidores já nomeados, fixando multa diária de R$ 2 mil à gestora em caso de descumprimento.
Ainda tramita outra ação judicial (proc. nº 0800980-24.2025.8.15.0751), também proposta pelo Ministério Público, tratando especificamente da obrigação de nomear os demais candidatos aprovados e exonerar os temporários que ocupam indevidamente os cargos.
Conforme a promotora de Justiça, com a decisão, o Judiciário reafirma a importância da estabilidade e do respeito aos princípios constitucionais da administração pública, enquanto o Ministério Público reforça seu papel de defensor do interesse público e do concurso como forma legítima de acesso aos cargos públicos.
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