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Tráfico de Pessoas: 950 trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão na Paraíba

30 de julho de 2025
Tráfico de Pessoas: 950 trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão na Paraíba

Hoje, 30 de Julho, é celebrado o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), para alertar sobre esse crime que atinge milhões de vítimas em todo o mundo. Mulheres, crianças e migrantes estão entre os principais alvos, sendo explorados sexualmente, em trabalhos forçados ou em outras formas de escravidão moderna. A data chama atenção para a importância da prevenção, da proteção às vítimas e do fortalecimento das leis e da Justiça.

Segundo informações do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico e Desaparecimento de Pessoas da Paraíba, nos últimos meses os auditores do trabalho da Paraíba resgataram mais de 300 trabalhadores, em situação análoga à escravidão. A auditoria móvel aconteceu entre os meses de setembro de 2024 a julho deste ano. O trabalho aconteceu junto ao Ministério Público do Trabalho e Defensoria Pública da União.

Os trabalhadores foram resgatados em pedreiras e na construção civil da região metropolitana de João Pessoa. A informação é uma das nossas maiores ferramentas de enfrentamento ao tráfico e pessoas desaparecidas. No Estado, entre os anos de 2002 e 2023, cerca de 650 pessoas foram resgatadas da exploração laboral ligada ao tráfico de pessoas.É fundamental que a sociedade esteja atenta e denuncie situações suspeitas, por meio dos canais oficiais, como o Disque 100, Disque 180, ou diretamente ao Ministério Público.

A ONU estima que, aproximadamente, 2,5 milhões de pessoas sejam vítimas desse crime por ano em todo o mundo, movimentando cerca de US$ 32 bilhões anualmente. No Brasil, os números oficiais também preocupam: entre 2012 e 2019, houve mais de 5 mil denúncias de tráfico humano registradas em canais nacionais, e 60.251 trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão entre 1995 e 2022.

Foto do Juiz Nilson
Juiz Nilson Dias, diretor da AMPB

O diretor do Departamento de Promoção da Cidadania, Direitos Humanos e Meio Ambiente da Associação dos Magistrados da Paraíba (AMPB) e juiz do Tribunal de Justiça da Paraíba, Nilson Dias de Assis Neto, no âmbito do Poder Judiciário estadual, o enfrentamento a esse crime ocorre por meio da aplicação rigorosa da legislação e da atuação integrada com outros órgãos. De acordo com o magistrado, o TJPB apoia campanhas de conscientização como a ‘Coração Azul’ e mantém o tema em pauta institucional, reconhecendo que esse é um dos crimes mais chocantes e que devemos sempre estar atentos e combater com veemência.

“Juíza(es) e servidora(es) recebem capacitação, alinhada a diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, para identificar situações de tráfico, assegurar a proteção e privacidade das vítimas, além de garantir que os responsáveis sejam levados à Justiça. Em sintonia com a perspectiva de gênero e os direitos humanos, o Judiciário prioriza o atendimento humanizado às vítimas e a celeridade nos processos, contribuindo para desmantelar as redes criminosas e prevenir a impunidade”, pontuou o magistrado, titular da 1ª Vara Mista de Monteiro. O magistrado representa o TJPB nos Comitês Estaduais Judiciais de Enfrentamento à Exploração do Trabalho em Condição Análoga à de Escravo e ao Tráfico de Pessoas Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A Lei n° 13.344/2016 atualizou o Código Penal, para abranger diversas finalidades de exploração – incluindo exploração sexual, trabalho em condições análogas à escravidão, servidão, remoção de órgãos e adoção ilegal. O Código Penal, em seu artigo 149-A, prevê pena de reclusão de quatro a oito anos, além de multa, para quem cometer tráfico de pessoas, com causas de aumento de pena se o crime envolver crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência, ou se for praticado por funcionário público ou transcender as fronteiras nacionais.

Foto da Juiza Joscileide Ferreira
Juíza Joscileide Ferreira de Lira

De acordo com a juíza do TJPB e integrante do Comitê Gestor Local da Primeira Infância, Joscileide Ferreira de Lira, o tráfico é crime grave e silencioso que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, em especial os grupos mais vulneráveis como mulheres, crianças e migrantes. “A data busca chamar a atenção para a necessidade de ações coordenadas entre governos, sociedade civil e organizações internacionais, no enfrentamento ao tráfico de pessoas, bem como na proteção e assistência às vítimas”, comentou a magistrada, que é titular da 7ª Vara Mista da Comarca de Patos, Sertão paraibano.

“É necessário investir em políticas públicas que promovam a proteção integral, com foco em educação de qualidade, fortalecimento das famílias, combate à pobreza e acesso a serviços de saúde e assistência social. Além disso, é fundamental o fortalecimento das redes de denúncia e acolhimento das vítimas, bem como a capacitação de profissionais da educação, saúde, segurança pública e justiça, para identificar sinais de tráfico e agir de forma imediata e humanizada”, destacou a juíza.

Combate – O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Paraíba, de acordo com sua coordenadora, Mirella Braga, atua no pós-resgate dos trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão. “Trabalhamos na capacitação da rede, que envolve Assistência Social, Educação e Saúde, para que os atores estejam na compreensão do crime e do enfrentamento”.

Localização de Desaparecidos – Na Paraíba, o Ministério Público estadual dispõe do Programa de Identificação e Localização de Desaparecidos (Plid), que faz do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid). Atualmente cerca de 75 registros de desaparecimentos estão em trâmite. Em números totais, o Plid já registrou cerca de 169 casos, dos quais 84 foram solucionados e em 64, manteve-se a investigação.

“O Ministério Público da Paraíba reforça seu compromisso com a proteção da dignidade humana e com o combate a essa grave violação de direitos. O tráfico de pessoas é um crime silencioso, que atinge, de forma cruel, pessoas muitas vezes aliciadas com falsas promessas de emprego, estudo ou melhores condições de vida”, comentou a promotora de Justiça e coordenadora do Programa, Liana Carvalho.

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