O ex-padre Egídio, réu em ações criminais acusado de desvios milionários no Hospital Padre Zé, segue acumulando ações de condomínios onde estão localizados seus imóveis adquiridos com dinheiro desviado, além de uma determinação judicial de busca e apreensão de um carro adquirido por financiamento, conforme apurou o Blog do Marcelo José.
Na última quinta-feira o condomínio Jardins do Atlântico, localizado na área nobre da praia do Cabo Branco, ingressou com ação de cobrança para receber os valores referentes a taxa de condomínio do ex-padre Egído, proprietário de um apartamento no local.
A ação judicial cobra o pagamento da dívida que já chega a R$ 15 mil
Outros condomínios, a exemplo do Heron Marinho, em Campina Grande, também já ingressaram com ações de cobrança por dívida de taxa de condomínio.
JUSTIÇA DETERMINA BUSCA E APREENSÃO DE VEÍCULO COMPASS
Ainda conforme apurou o Blog do Marcelo José, o ex-padre Egídio já teve ainda uma determinação judicial para devolver um veículo , Marca: JEEP, Modelo: COMPASS LIMITED TD, Ano: 2021/2022, Cor: BRANCA, adquirido através de financiamento junto ao Bradesco.
“O Autor concedeu ao Réu um financiamento no valor de R$ 219.259,16 (Duzentos e Dezenove Mil e Duzentos e Cinquenta e Nove Reais e Dezesseis centavos), para ser restituído por meio de 48 (Quarenta e Oito) prestações mensais, no valor de R$ 6.930,70 (Seis Mil e Novecentos e Trinta Reais e Setenta centavos), com vencimento final em 23/02/2026, mediante Contrato de Financiamento de nº 3625155555, para Aquisição de Bens, garantido(s) por Alienação Fiduciária, celebrado em 29/01/2022.
INSTITUTO SÃO JOSÉ COBRA R$ 1 MILHÃO POR DANOS MORAIS
O Instituto São José, instituição mantenedora do Hospital Padre Zé ingressou com ação cobrando R$ 1 milhão ao ex-padre Egídio, por todos os danos morais causados.
A ação, conforme apurou o Blog do Marcelo José, tramita na 10ª Vara Cível da Capital e relata todos os danos sofridos pelo Instituto São José e pelo Hospital Padre Zé , em decorrência da gestão danosa do ex-padre Egídio de Carvalho Neto.
“É de conhecimento público que o Instituto São José foi vítima de inúmeras irregularidades praticadas pela gestão anterior, dirigida pela parte Promovida, Egídio de Carvalho Neto”, diz a petição inicial do Instituto São José.
“O contexto fático que subsidia esta ação é de conhecimento público a nível nacional e é inclusive objeto de investigação pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), nas Operação Indignus, Operação Pai dos Pobres e Operação Prato Cheio, que revelaram um esquema milionário de desvio de recursos financeiros e doações destinados à entidade filantrópica, Instituto São José, que deveriam ter sido utilizados especialmente na administração do Hospital Padre Zé e em seus projetos de assistência social e à saúde – de outro modo, foram objeto de transferência para as contas pessoais do ex-Diretor, Egídio, e para de pessoas de sua confiança ou utilizados para a compra de itens pessoais e de luxo”, informa a ação.
ATINGIU A IMAGEM DO HOSPITAL PADRE ZÉ – “Os atos de corrupção e desvios de verbas públicas praticados pelo ex-Diretor afetaram diretamente a imagem da parte Promovente, que, como instituição filantrópica, possui a credibilidade como um dos seus ativos mais valiosos e a exposição de fraudes e desvios de conduta por parte de seus gestores gerou uma
desconfiança generalizada, que comprometeu o recebimento de doações e a continuidade dos projetos assistenciais, como apontado pelo novo Diretor do ISJ, Pe. George Batista, em entrevista ao Fantástico.
“Fizemos agora uma campanha de finados que, em todos os anos, em média, a arrecadação girava em torno de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). Arrecadamos R$ 13.000,00 (treze mil reais).”
INDENIZAÇÃO DE R$ 1 MILHÃO – “Que seja a demanda julgada absolutamente procedente, a fim de
condenar a parte Promovida, Egídio de Carvalho Neto, ao pagamento de indenização por danos morais ao Instituto São José em valor não inferior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais)”, requer o Instituto em indenização.