A Justiça da Paraíba ouviu nesta segunda-feira, dia 22, testemunhas e um dos réus no caso do furto de R$ 1 milhão em relógios em um apartamento de luxo no Altiplano Cabo Branco , em João Pessoa.
A audiência de instrução e julgamento ocorreu nesta segunda-feira, na 5ª Vara criminal da Capital. Foram ouvidos três testemunhas e um dos três réus, Marcos Vinícius Linhares Santos Camargo.
A audiência foi conduzida pelo juiz Giovanni Magalhães Porto. Tendo em vista que outros dois réus na ação criminal, apontados como responsáveis pelo furto de R$ 1 milhão em relógios, não foram localizados nos presídios para intimação, pois já estão em liberdade, a Justiça teve de renovar a intimação.
A audiência de instrução e julgamento terá continuidade no próximo dia 21 de março de 2024, às 11h00, para os dois outros réus Carlos Alberto Nolasco Santos Filho e Matheus Alexandre Gomes de Morais.
“Em continuação, após ser comunicado ao acusado acerca do direito constitucional de permanecer calado, sem que o silêncio possa vir a lhe causar prejuízo, foi qualificado e no momento das perguntas factuais declarou o mesmo não querer responder às perguntas do Magistrado, tendo o Juiz interrompido a formulação de perguntas. O MP ante a negativa do e interrogado o acusado MARCOS VINICIUS LINHARES SANTOS CAMARGO também não formulou nenhuma pergunta. Também se recusa ele a responder as perguntas da Defensora Pública, tendo a mesma não feito perguntas. Que o acusado só respondeu perguntas de sua Advogada Constituída, conforme gravação”, consta dos autos.
ENTENDA O CASO – Segundo consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público contra os suspeitos, o furto ocorreu no dia 2 de novembro de 2021, por volta das 14h, no apartamento do deputado federal Aguinaldo Ribeiro, que fica no bairro do Altiplano Cabo Branco, em João Pessoa.
No dia seguinte, 3 de novembro, uma funcionária da família, de nome Sandra, ao chegar no apartamento para trabalhar encontrou luzes acesas, coisas reviradas, e tratou de ligar para o motorista do deputado, Rubem, para lhe contar o ocorrido.
O fato criminoso foi registrado na polícia que iniciou as investigações, e diante de imagens das câmeras foi constatado que um dos integrantes da gang deixou o prédio com uma sacola, provavelmente, os relógios avaliados em R$ 1 milhão e outros bens.
As imagens foram cruzadas com os registros já existentes nos bancos de dados da Polícia Judiciária, inclusive de outros estados, foram suficientes para reconhecimento fácil e identificação dos denunciados como autores da empreitada criminosa. As investigações perpetradas no âmbito da Polícia Judiciária evidenciaram a atuação associada dos acusados em diversos estados da federação para a prática de delitos.
ALTO PADRÃO FINANCEIRO – “Os integrantes de tal associação criminosa são conhecidos como “OS PAULISTAS” e levam vidas regadas pelo alto padrão financeiro, fruto da prática de crimes patrimoniais, sobretudo em edifícios de luxo. Cumpre mencionar ainda que contra os acusados há a expedição de diversos mandados de prisão, encontrando-se os denunciados Carlos Alberto Nolasco Santos Filho e Matheus Alexandre Gomes do Morais acautelados no estado do Rio de Janeiro pela prática de outros delitos. Destarte, havendo nos autos informações acerca da atuação associada destes em diversos estados da federação para a prática de crimes patrimoniais, sobretudo em edifícios de luxo, restam evidenciadas a materialidade do delito e fortes indícios de autoria por parte dos acusados.