Vivemos um dos maiores escândalos com o desfecho do caso do Hospital Padre Zé, perdendo apenas para a Operação Calvário, em ambos recursos públicos destinados à saúde desviados para bancar mordomias, luxo e patrimônio de figurões.
Na Operação Calvário tivemos a prisão do ex-governador Ricardo Coutinho, de deputada, ex-secretários, servidores e empresários, em que a força-tarefa nas investigações, coordenada pelo Gaeco/MPPB, aponta o primeiro como chefe de uma organização criminosa responsável por desvios de milhões de reais.
Na Operação Indignus, apura-se o desvios de milhões de reais que deveriam salvar vidas e ajudar a quem mais precisa, em uma instituição amplamente reconhecida pelo bem que faz à população, especialmente aos idosos.
As notícias e os fatos envolvendo o padre Egídio como mentor dos desvios dos recursos para compra de imóveis, móveis e utensílios de luxo, causou profundo abatimento na sociedade paraibana.
A consequência é devastadora para a imagem e para a sobrevivência do Hospital Padre Zé. É aí que deveremos separar as coisas para, enquanto sociedade e imprensa, não deixarmos destruir o trigo por causa do joio.
Os malfeitores no Hospital Padre Zé não apagarão a importância e os valores social e espiritual da causa de tantas pessoas de bem que ali trabalham e se dedicam, a partir de seu fundador.
Triste ver um padre envolvido em tamanho escândalo, mas a obra de Deus é desenvolvida na terra pelos homens, e onde estejam os homens haverá o pecado.
Portanto temos a missão, a sociedade e a imprensa, de separar bem o joio do trigo, para que a obra do Instituto Padre Zé e do Hospital Padre Zé tenha continuidade.
Os órgãos de fiscalização e de investigação vão ao final apontar o joio, e a população deve continuar ajudando ao Hospital Padre Zé pelo trigo que dali nasceu.
Marcelo José
Jornalista e advogado
PARA REFLEXÃO A PÁRABOLA DO JOIO
Na parábola do joio, no livro de Mateus, capítulo 13, a partir do versículo 24, :
²⁴ Jesus lhes contou outra parábola, dizendo: “O Reino dos céus é como um homem que semeou boa semente em seu campo.
²⁵ Mas enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e se foi.
²⁶ Quando o trigo brotou e formou espigas, o joio também apareceu.
²⁷ “Os servos do dono do campo dirigiram-se a ele e disseram: ‘O senhor não semeou boa semente em seu campo? Então, de onde veio o joio? ’
²⁸ ” ‘Um inimigo fez isso’, respondeu ele. “Os servos lhe perguntaram: ‘O senhor quer que vamos tirá-lo? ’
²⁹ “Ele respondeu: ‘Não, porque, ao tirar o joio, vocês poderão arrancar com ele o trigo.
³⁰ Deixem que cresçam juntos até à colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro’ “.