O Tribunal de Justiça da Paraíba realiza nesta terça-feira, dia 19, a partir das 16h, a solenidade virtual em homenagem ao centenário de nascimento do desembargador Coriolano Dias de Sá (in memoriam). A transmissão será realizada por meio do canal oficial do TJPB no YouTube e via plataforma zoom.
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ANTES DE TUDO O VAQUEIRO – Homem criado no Alto Sertão da Paraíba, Coriolano Dias de Sá costumava dizer que era, antes de tudo, um vaqueiro. Nascido em 15 de março de 1922 na propriedade Belo Jardim, a dois quilômetros do Distrito de Santa Fé (à época pertencente ao município de São José de Piranhas), Coriolano ficou órfão de pai aos onze anos de idade. Assumindo juntamente com seus irmãos os cuidados da casa e de sua mãe, Minga. Plantava e colhia algodão, cuidava do gado e era um exímio vaqueiro, muito requisitado pelos vizinhos, para pegar bois desgarrados, às vezes por anos perdidos nos matos.
SAIU DO MATO PARA O EXÉRCITO EM 1942 – Estudou no sítio, em Bonito de Santa Fé, e foi convocado para o Exército em 1942, aos vinte anos. “Saiu do mato”, como dizia, para servir no 22° Batalhão de Caçadores em Campina Grande. Transferido para João Pessoa, foi cabo, fez a preparação em Aldeia-PE para embarcar para a Europa, mas felizmente a 2° Grande Guerra chegou ao seu fim.
TROCOU O EXÉRCITO PELA CASA DO ESTUDANTE – Deixou o Exército, como cabo, em 1947 e passou a morar na Casa do Estudante da Paraíba. Ao lado de seu irmão, Euclides Dias de Sá, fez naquele ambiente um cem número de amigos que se mantiveram por toda vida e serviram de exemplo para os jovens que vieram morar ali nas décadas seguintes.
SEU INGRESSO NO FISCO-PB – Quando passou a trabalhar no FISCO, no início do ano de 1950, montou uma verdadeira “república” em Tambaú, abrindo aquele ambiente para acolher amigos e parentes do sertão que desejavam estudar e trabalhar na capital.
O CASAMENTO COM RITA GADELHA – Em 1957 casou-se com a professora e depois juíza Rita Gadelha. Juntos eles construíram um lar cuja maior vocação era acolher os que precisavam. Rita foi também a grande inspiração intelectual para Coriolano ao longo dos 55 anos em que estiveram juntos.
SUBSECRETÁRIO NO GOVERNO IVAN BICHARA – Trabalhou em Soledade, Picuí e Campina Grande, passando logo a assumir inúmeros cargos comissionados na Secretaria das Finanças, sendo subsecretário no Governo Ivan Bichara (1975-1978), tendo assumido também a Secretaria.
PROMOTOR , PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA E DESEMBARGADOR– Aprovado no concurso de Promotor de Justiça, trabalhou em Alagoinha e Guarabira, e no Governo de Wilson Leite Braga (1983-1986), foi Procurador Geral de Justiça. Como Desembargador egresso do quinto do constitucional, foi Corregedor de Justiça, membro e Presidente da Câmara Criminal.
ADVOCACIA – Aposentou-se em 1992 aos setenta anos, quando fundou a sociedade Coriolano Dias de Sá Advogados Associados, com sede em João Pessoa, e passou a se dedicar ao exercício da advocacia.
Por vinte e sete anos anos, encontrou refúgio entre as plantas e os bichos de sua propriedade rural em Capim de Mamanguape, que visitava religiosamente todos os sábados. O nome da propriedade, “Santa Fé”, é uma referência à Santa Fé de sua infância, que ficava a quinhentos quilômetros de João Pessoa, mas da qual ele nunca se distanciou e onde, em sua imagem, seria sempre o “vaqueiro de sua mãe”.
OS FILHOS – Coriolano Dias de Sá, nascido em Bonito de Santa Fé aos 15 de março de 1922, no sítio Belo Jardim, casou-se em 1957 com a Professora e Juíza Rita Gadelha de Sá, (também já falecida). Fruto do casamento nasceram : Humberto Gadelha de Sá ( já falecido), pai de André Beltrão Gadelha de Sá, Lia Beltrão Gadelha de Sá e Sophia Germoglio Brito Lira de Sá.
– Coriolano Dias de Sá Filho, casado Adalbéria Wilson Gomes, pai de Coriolano Dias de Sá Neto e Larissa Montenegro Menezes de Sá.
– Hermano Gadelha de Sá, casado com Fernanda Rolim, pai de Annah Kehrle Gadelha de Sá, Alicia Kehlre Gadelha de Sá, Ayla Kehrle Gadelha de Sá e Maria Flor Rolim Gadelha de Sá.