A Paraíba está longe de conhecer o tamanho do prejuízo nos cofres públicos a partir de contratos do Governo do Estado com organizações sociais para administrar hospitais e UPAs.
Um relatório dos auditores do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba aponta que só em parte do ano de 2019, já na gestão do atual governador João Azevedo, o prejuízo com contratações de Organizações Sociais ultrapassa os R$ 61 milhões, restando diversos contratos ainda a serem analisados.
“Pelo exposto, verifica-se que os diversos contratos de gestão firmados pela Secretaria de Estado da Saúde com as Organizações Sociais trouxeram prejuízos aos cofres públicos no montante de R$ 61.060.830,23 até o momento da presente instrução. De acordo com o quadro a seguir, há 22 processos de inspeção especial em tramitação nesta Corte de Contas formalizados para apurar a regularidade das despesas em questão. O valor acima mencionado decorreu do julgamento de 11 desses
processos, restando ainda 11 processos a serem julgados, que podem aumentar consideravelmente os prejuízos verificados”, diz o relatório dos auditores do TCE.
As organizações sociais foram trazidas para a Paraíba através do ex-governador Ricardo Coutinho, que de tanta pressa para fazer os contratos chegou a publicar uma Medida Provisória em julho de 2011, para autorizar a contratação da Cruz Vermelha Brasileira, que resultou na Operação Calvário, o maior escândalo de corrupção na história da Paraíba.