O Gaeco/MPPB protocolou nesta terça-feira, dia 14, na Justiça da Paraíba, a 22ª denúncia no âmbito da Operação Calvário pedindo que seja revertido aos cofres públicos do estado da Paraíba o montante de R$ 49 milhões. As acusações de corrupção passiva, fraude de licitação e peculato foram formalizadas contra o ex-governador Ricardo Coutinho e mais 12 pessoas.
O ex-gestor Girassol , segundo a investigação, pediu e recebeu propina para renovar o contrato da Cruz vermelha Brasileira com o Governo do Estado para administrar o Hospital de Emergência e Trauma por período de cinco anos ( de 2012 a 2017).
Além do ex-governador Ricardo Coutinho, também foram denunciados o empresário Daniel Gomes da Silva, controlador da Cruz Vermelha Brasileira, Livânia Farias, ex-secretária de Administração do Estado, Waldson de Souza, ex-secretário de Saúde, Luciana Veras, ex-secretária de Saúde, Karla Michele Vitorino Maia, Leandro Nunes Azevedo, assessor de Livânia na SEAD, Saulo de Avelar Esteves, Ricardo Elias Restum Antônio, Milton Pacífico José Araújo , Saulo Ferreira Fernandes, Keydson Samuel de Souza Santiago, Michelle Louzada Cardoso,
Segundo o Gaeco/ Ministério Público da Paraíba o ex-governador Ricardo Coutinho pediu propina como condição para renovação do contrato da Cruz Vermelha Brasileira com o Governo do Estado da Paraíba para administrar o Hospital de Emergência e Trauma senador Humberto Lucena.
O primeiro contrato do Governo do Estado com a Cruz Vermelha Brasileira foi o 01/2011 que precisou ser renovado no ano seguinte gerando condições impostas do ex-governador para a Cruz Vermelha pudesse continuar sendo contratada pelo Governo.
A investigação aponta desvios de recursos públicos através da contratação da Cruz Vermelha Brasileira. A denúncia revela ainda que houve lavagem de dinheiro através de fraude em notas fiscais , além de produtos e serviços superfaturados ou sequer realizados ou entregues.
Segundo a investigação a renovação do Contrato entre a Cruz Vermelha Brasileira e o Governo do Estado para gestão do Hospital de Emergência e Trauma da Capital, ocorreu com acréscimo de R$ 300 mil acertados como propina a pedido do ex-governador Ricardo Coutinho.
Propina mensal de R$ 300 mil em 60 meses acabou gerando o desfalque no erário de R$ 18 milhões. Com os contratos superfaturados da Cruz Vermelha Brasileira com empresas por produtos e serviços sem comprovação elevam ainda mais o montante de recursos desviados.