Um dos meus livros preferidos é o romance “A revolta de Atlas” da Ayn Rand, escritora russa naturalizada americana, mãe do objetivismo, que começa seu best-seller com a pergunta: “Quem é John Galt?”
Para contextualizar, Atlas foi o ser mitológico, o titã, condenado por Zeus a sustentar os céus para sempre. Com essa analogia, Ayn Rand retratou o peso do estado, com suas regulações, impostos e taxas sob os empreendedores.
Agora imagine o titã Atlas impedido de se alimentar e o quão mais pesado e insustentável para seus ombros ficariam os céus, que poderiam desmoronar.
Como pode desmoronar o que conhecemos como sociedade, com os empreendedores, empresários e comerciantes e seus funcionários impedidos de trabalhar por ordem decretos autoritários, em função da pandemia.
No Brasil, com um agravante, somos reféns das corporações de “deuses e semideuses”, que lotearam os cargos e funções estatais entre castas de grupos improdutivos.
São eles, juízes, promotores, procuradores, desembargadores, ministros, auditores, deputados, senadores, governadores, vereadores, prefeitos, dentre outros que não produzem um só centavo de riqueza, mas que recebem de quem produz, religiosamente em dia, altíssimos salários e regalias nababescas.
Só esquecem que o estado é uma mera convenção social entre quem sonha em ser dono do próprio nariz e quem mete o nariz onde não é chamado.
Acontece que os sonhos estão virando pesadelos a exemplo de gente como “galego da pipoca”, que ficou conhecido depois de circular nas redes sociais sua imagem ajoelhado ao lado de seu carrinho de pipoca, depois de ser abordado por fiscais que o impediam de trabalhar.
De fato é uma luta inglória contra aqueles que estão com o poder de polícia, de justiça, de tributar, de fiscalizar, de autorizar e de proibir…
São vários os “John Galt” no Brasil de hoje, como o pipoqueiro potiguar, sonhadores revoltados, que estão falindo, quebrando, perdendo empregos e na total desesperança.
Por tudo isso, vejo próximo o dia da revolta de atlas, com uma insurreição, uma convulsão generalizada da população, que está de luto com familiares e amigos doentes e morrendo, assim como impedida de trabalhar, de sonhar, por conta de um modelo de estado obeso, ineficiente, perdulário, corrupto, autoritário, que só traz insegurança e desesperança em todos os níveis.