O juiz titular do 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, condenou a ré Gleissy Ranielly da Silva a uma pena de 30 anos de reclusão, em regime fechado, pelo homicídio do próprio marido, o policial civil aposentado Luiz Abrantes de Queiroz, de 75 anos. O julgamento, que teve início na manhã de terça-feira (18), só terminou às 3h desta quarta-feira (19).
De acordo com os autos, o crime aconteceu em junho de 2022, dentro da casa da vítima, no Bairro de Castelo Branco, na Capital. Além do crime de homicídio qualificado, a ré ainda foi condenada por furto.
Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior decidiu que as penas devem ser cumpridas cumulativamente e não foi dado à ré o direito de recorrer em liberdade. “Assim, primando pela necessidade de garantia de aplicação da lei penal e diante da necessidade de manter a ordem pública e, ainda, ao quantitativo da pena imposta, nego-lhe direito de aguardar o trânsito em liberdade, determinando o imediato cumprimento da pena imposta, recomendando-a no presídio em que se encontra ou noutro a critério do juízo das execuções penais”, determinou o magistrado.
Após regular votação na sala secreta, os jurados decidiram, por maioria de votos, condenar a acusada Gleissy Ranielly Santos da Silva, na forma pronunciada, à exceção do crime de corrupção de menores. Também por maioria dos votos, os jurados decidiram absolver os outros réus, Adrielly Martins Silva Pires e Francinaldo Alves da Silva, em relação ao crime de homicídio. Contudo, Francinaldo foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão, em regime aberto, pelo crime de corrupção de menores, por ter levado o filho, menor de 18 anos, para participar da ação criminosa.
Por fim, Adrielly Martins Silva Pires, que é prima da viúva e trabalhava como babá do casal, foi absolvida de todos os crimes. Durante as investigações ficou constatado que Andrielly nem mesmo estava na casa, no momento do crime.