A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, dia 8, a Operação Tempus Veritatis , ordenada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, e entre os alvos está o ex-presidente Jair Bolsonaro. A determinação é para que Bolsonaro entregue em até 24 horas seu passaporte.
A operação, segundo divulgado amplamente pela mídia nacional, mira entre outros , Braga Netto, Augusto Heleno, os ex-ministros da DefesaPaulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres.
A operação da PF cumpriu mandado e apreendeu o celular do assessor de Bolsonaro, o paraibano Tércio Arnaud Thomaz.
Estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas. Policiais federais cumprem as medidas judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.
Nota divulgada pelo Polícia Federal diz que “as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.
Continua a nota da PF, “o primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”.
O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.