Está preso desde o último dia 30 de novembro, em João Pessoa, o corretor de imóveis, Caio Carlos da Silva Farias, de 30 anos, acusado de estelionato e apropriação indébita.
Graças a ação diligente, determinada e profissional de policiais militares e civis, foi retirado de circulação o corretor de imóveis, evitando assim que outras dezenas de pessoas pudessem ser enganadas e lesadas financeiramente.
Não é fácil para a polícia conseguir colocar atrás das grades estelionatários, é tanto que a Justiça é abarrotada de processos de vítimas da ação de criminosos, que atuam em diversos ramos da atividade econômica se passando por profissionais credenciados e de boa índole.
Nesse caso específico , por exemplo, era um corretor de imóveis, com registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis – CRECI-PB -. Há outros profissionais devidamente registrados em seus órgãos de classe que por mau caráter e má índole se aproveitam da boa fé dos clientes para aplicar golpes e causar prejuízos de altos valores às vítimas.
Para que a prisão do corretor de imóveis, Caio Carlos da Silva Farias ocorresse, foi feito todo um trabalho minucioso de análise de boletins de ocorrência registrados por vítimas e campana policial, que é a observação e acompanhamento contínuo do investigado.
Tudo começou quando os policiais militares, Sargento Cardoso, do Batalhão de Turismo, e Cabo Menezes, lotado no Comando Geral, foram procurados por vítimas de golpes em tese praticados pelo corretor de imóveis .
Os policiais militares foram informados inclusive que naquele instante estaria o acusado na continuidade da prática criminosa tentando alugar um apartamento em determinado endereço.
Ao chegarem ao local os policiais encontraram o investigado tentando alugar o apartamento e a inquilina informando que já havia repassado para o mesmo, através de PIX, a quantia de R$ 10.000,00 ( dez mil reais) referente a antecipação de pagamento de aluguel, enquanto a proprietária afirmara que o corretor recebia as quantias antecipadas mas não repassava a verdadeira dona do imóvel.
PROCESSO E PRISÃO NO ESTADO DO MARANHÃO E DISTRITO FEDERAL – Os policiais militares, Sargento Cardoso e Cabo Menezes, consta no registro da ocorrência, informaram que após levantamentos foram constatados diversos processos contra o investigado pela prática de estelionato, além de prisões e demandas de ordem criminal contra o corretor no estado do Maranhão, no Distrito Federal e na Paraíba.
Os dados levantados revelavam um investigado com prisões e uma vasta ficha criminal. Também foi encontrado um registro de prisão por violência doméstica, enquadrado na Lei Maria da Penha, na Paraíba.
PRESO NA LEI MARIA DA PENHA – O Blog teve acesso a dados gerais do processo que trata do enquadramento do acusado Caio Carlos no crime de violência doméstica no âmbito da Lei Maria da Penha , mas não teve acesso ao teor das petições, dos despachos e decisões dos autos pois os mesmos tramitam em segredo de Justiça.
No último dia 30, novamente os policiais militares Sargento Cardoso e Cabo Menezes, foram informados de que o investigado estava mais uma vez na prática de crime em um condomínio no Geisel Privê.
Os policiais militares se informaram junto a Delegacia de Defraudações e obtiveram a informação que o delegado estaria a procura do acusado.
Os dois PMs que já conheciam o histórico do acusado, e acompanhavam os passos do mesmo, na tentativa de evitar que mais pessoas fossem enganadas com prejuízo financeiro, fizeram contato com o agente da polícia civil, João Paulo, e juntos seguiram para o condomínio, solicitaram apoio de viaturas da PM e também da Delegacia de Defraudação e conduziram o acusado que foi preso.
Os PMs revelaram que quando da chegada com o acusado na Delegacia já havia muitas pessoas no local, vítimas, representantes do Creci – Conselho Regional de Corretores de Imóveis – fazendo os registros dos golpes praticados pelo investigado.
No mesmo instante da prisão do Caio Carlos, a polícia recebeu a informação de que um homem estava tentando entrar na residência do investigado, Uma viatura foi até o local e prendeu o homem de nome Jonas, que seria um suposto sócio do investigado.
No dia 1º de dezembro durante a audiência de custódia a prisão de Caio Carlos foi mantida e ele conduzido ao presídio Sílvio Porto. Já o outro homem de nome Jonas, possível sócio de Caio, foi solto.
Diariamente dezenas de pessoas são vítimas de golpes de estelionatários em diversos ramos da atividade econômica e profissional. Mas em muitos casos , os criminosos são acionados na Justiça, alguns reconhecem até a dívida, mas alegam que estão em dificuldades financeiras e não conseguem ressarcir as vítimas.
A ação diligente e permanente dos policiais militares, Sargento Cardoso e Cabo Menezes, foi providencial para que o acusado fosse conduzido à Delegacia na primeira vez, e depois de todo o levantamento do histórico de fatos relacionados a crimes na Paraíba e em outros estados, chegou-se enfim a prisão do investigado, numa nova ação, quando os PMs acionaram apoio de viaturas da PM e da Polícia Civil.
O trabalho conjunto dos policiais militares e da equipe do delegado Aneilton Castro resultou na retirada do convívio social do profissional com carteira de corretor de imóveis que se utilizava, segundo a investigação, da condição para tirar proveito da situação e causava prejuízo a clientes.
A ação policial indica caminhos às pessoas vítimas de golpes, que deve se dirigir a uma Delegacia e registrar a ocorrência, pois os PMs se basearam nos registros feitos, e também na análise do histórico do acusado, para dedicarem tempo e inteligência no acompanhamento do mesmo, que cedo ou mais tarde cairia na tentação do crime, o que o levou às grades.