Os policiais civis, militares e penais se desdobraram no período de Carnaval para prestar serviço à sociedade paraibana e aos turistas e foliões que estavam no estado curtindo os festejos. O trabalho foi duro e intenso pois em João Pessoa são realizadas as prévias, ou seja, uma semana antes , dezenas de blocos saem às ruas arrastando centenas de milhares de pessoas.
O próprio comandante-geral da PM, coronel Sérgio Fonseca, postou nas redes sociais ele próprio nas ruas fazendo o trabalho “in loco” ao lado de seus subordinados. O mesmo ocorreu com os policiais civis , sob o comando do secretário Jean Nunes.
Não resta dúvida de que os policiais militares, civis e penais, fizeram sua parte com louvor. Enquanto as pessoas e famílias se divertiam, lá estavam eles nossos heróis, a título de serviço extra, para melhorar a renda, deixando os momentos de folga e descanso ao lado dos familiares, para cumprir sua missão nas ruas.
Não obstante a avaliação do cidadão quanto a segurança pública no estado, fato é que nossos policiais civis, militares e penais, se doaram em seu melhor para prestar um serviço de qualidade à população.
A questão é que enquanto os policiais fizeram sua parte, se desdobrando, sobretudo no Carnaval, será que o Governo do Estado está fazendo sua parte com os nossos policiais ?
Existem compromissos assumidos pelo Governo que precisam ser cumpridos com esses homens e mulheres das polícias militar, civil e penal.
Não adianta falar em bolsa desempenho, afinal essa pauta está vencida. Quem é da ativa, por exemplo, ao ter 20% deslocado da bolsa desempenho para o soldo/habilitação ocorreu a tributação desses valores, que antes não ocorria, gerando diminuição da remuneração.
Além disso o mês de janeiro, o da data-base, passou com a indiferença do governante. A inflação de 2022 de 5,7% , que deveria ser imediatamente incorporado a remuneração para amenizar as perdas salariais, foi ignorada.
A Aspol – Associação dos Policiais Civis – já iniciou campanha de conscientização para a campanha “extra zero” visitando delegacias de todas as regiões do estado. Isso após decisão nesse sentido da Assembleia Geral da categoria.
Entidades da Polícia Militar também aguardam audiência com o governador João Azevedo para esclarecer sobre os compromissos assumidos com a categoria, inclusive os que foram acertados no dia 14 de outubro de 2022, quando do encontro entre o governador e as entidades.
Se os policiais miliares, penais e civis fazem tudo pela sociedade, porque é que o Governo do Estado não faz sua parte com nossos profissionais da segurança pública ?