O deputado estadual Cabo Gilberto Silva comentou na tarde desta quarta-feira, dia 26, o caso do servidor do Tribunal Superior Eleitoral que procurou a Polícia Federal para prestar depoimento temendo por sua integridade física.
O deputado lembrou do caso Bruno Ernesto, jovem assassinado com tiro na nuca após ser sequestrado por bandidos, que após levarem o carro , o computador e outros pertences da vítima, executaram o rapaz.
“A situação é gravíssima, e quando o servidor do TSE foi procurar a Polícia Federal com medo de ser morto, eu lembrei do caso Bruno Ernesto que todos nós lembramos e virou um exemplo de impunidade e covardia contra a vida daquele jovem, e dos pais dele, e de toda a família, que até hoje espera justiça. Pedimos a Polícia Federal que possa agir e garantir um esquema de proteção a vida do servidor para que não aconteça a mesma coisa”, comentou o deputado Cabo Gilberto.
Alexandre Machado, servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) demitido após notificar os superiores sobre irregularidade na distribuição , ou veiculação de inserções de propaganda de campanha eleitoral, procurou a Polícia Federal, prestou depoimento e disse “temer por sua integridade física”.
O caso estourou com a denúncia na última segunda-feira, dia 24, pela campanha de Bolsonaro de que teria havido fraude com boicote de 174 mil inserções do candidato do PL, gerando um enorme prejuízo, pois o número de inserções nas emissoras de rádio e TV no país, era pra ser igual, mas constatou-se que as inserções de Lula foram bem superiores ao do candidato do PL.
O caso Bruno Ernesto revelou ao país o assassinato misterioso, com um tiro na nuca, do jovem que trabalhou na Prefeitura de João Pessoa no período em que foi anunciado um ousado projeto chamado Jampa Digital.
No dia 12 de maio, estava sendo deflagrada a Operação Logoff, que apurou irregularidades na compra de equipamentos e na execução do projeto Jampa Digital, com recursos iniciais na ordem de R$ 6,2 milhões.
O montante de recursos de R$ 6,2 milhões, sendo R$ 4,7 milhões do Governo Federal, e R$ 1,5 da Prefeitura de João Pessoa, era apenas o início do investimento que poderia chegar a mais de R$ 30 milhões no decorrer da execução.
Policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União cumpriram seis mandados de busca e apreensão na sede do Centro Administrativo da Prefeitura de João Pessoa, nas sedes de empresas envolvidas , e nos endereços de empresários, nos estados da Paraíba, Bahia e Pernambuco.
Antes da Operação da Polícia Federal e da CGU, o programa Fantástico da Rede Globo de Televisão exibiu uma reportagem mostrando os indícios de ilegalidades em relação a superfaturamento na compra de equipamentos e na deficiência do projeto Jampa Digital que apesar dos custos não estava funcionando.
ASSASSINATO DE BRUNO ERNESTO – O jovem Bruno Ernesto era servidor da Prefeitura de João Pessoa, trabalhava na gerência de suporte da Prefeitura, exatamente no setor que acompanhava o projeto Jampa Digital. O rapaz foi assassinado dia 7 de fevereiro de 2012, quando foi raptado por criminosos no Bancários, onde morava.
Bruno Ernesto foi colocado na mala de seu automóvel e levado para Gramame, região Sul de João Pessoa, onde foi covardemente executado com um tiro na nuca.
ASSASSINATO DE BRUNO, REPORTAGEM DO JAMPA NO FANTÁSTICO E OPERAÇÃO DA PF – Em três meses do ano de 2012 ocorreram três eventos que podem estar ligados, a execução de Bruno Ernesto ( dia 7 de fevereiro de 2012), reportagem do Fantástico mostrando indícios de superfaturamento e pagamento de propina no caso Jampa Digital ( dia 25 de março de 2012), e Operação da PF e CGU denominada Logoff ( dia 12 de maio de 2012).