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Reflexões a partir das Assembleias dos PMs sobre proposta do Governo – por Marcelo José

6 de janeiro de 2022
Reflexões a partir das Assembleias dos PMs sobre proposta do Governo – por Marcelo José

Durante a realização das Assembleias Gerais Extraordinárias, das entidades da Polícia e Bombeiros Militares da Paraíba, nesta quarta-feira, dia 5,  os profissionais de segurança levantaram alguns pontos importantes sobre a negociação com o Governo do Estado.

A partir dos questionamentos e colocações dos policiais e bombeiros, ativos e inativos, fizemos uma breve reflexão para ajudar no debate.

VEJAMOS :

I – INTEGRALIDADE E PARIDADE – A proposta de incorporação de 80% no soldo dos policiais e bombeiros não atende a integralidade e paridade, de forma que foi consensual que a negociação deveria ser de forma inafastável na incorporação de 100% da bolsa.  Outro ponto questionado é que o acordo não deveria se estender além do ano de 2022, último ano de exercício do mandato do governador, mesmo levando-se em consideração que ele possa ser reeleito nas eleições de outubro próximo.

II – EQUIPARAÇÃO SALÁRIO MÍNIMO – O aumento de 10 % proposto pelo Governo, de forma linear, na prática será injusto. Senão vejamos : soldados e cabos, por incrível que pareça, chegaram ao ponto de terem o mesmo salário, e pior , abaixo do salário mínimo vigente no país. Dessa forma o Governo do Estado sabe que já seria obrigação do Estado de equiparar o soldo dos soldados e cabos, o que significa dizer que proposta de 10% já seria obrigação com os militares que estão na base da hierarquia da instituição.

III – QUASE R$ 70 MILHÕES ARRECADADOS – Com a Lei de Proteção Social ( 13.954/2019), sancionada pelo Governo Federal em dezembro de 2019, houve uma mudança na legislação em relação ao recolhimento previdenciário dos militares estaduais, e na Paraíba em vigor desde o início de 2020, essa mudança gerou aos cofres do estado quase R$ 70 milhões. O Governo deveria se pronunciar sobre esses números.

IV – NÃO HÁ DESEMBOLSO DO GOVERNO COM INCORPORAÇÃO – Ao propor 80 % de incorporação aos soldos dos policiais e bombeiros militares da ativa o Governo não vai desembolsar dinheiro para isso. O Estado já paga esses valores como bolsa desempenho, o que ele vai fazer é diminuir 20% da bolsa desempenho, e esses 20% entrarão no soldo, sem resultar em desembolso a mais pelo caixa do Governo.

V – TRIBUTAÇÃO DE VALORES DA BOLSA INCORPORADOS – O policial da ativa,  tem descontos previdenciário e de imposto de renda, a grosso modo, sobre 2/3 de seus vencimentos, porque a bolsa desempenho não desconta. Na medida em que os valores da bolsa desempenho forem sendo incorporados, haverá incidência de alíquotas de imposto de renda e e previdenciária, o que na prática reduz os vencimentos. É claro que a longo prazo há uma garantia muito importante, que é a integralidade, ou seja, quando o militar for para a inatividade, ele leva em seu vencimento os valores da bolsa, o que hoje não ocorre.

VI – AUMENTO DA ARRECADAÇÃO PREVIDENCIÁRIA – O Governo não diz mas deveria ser transparente e informar que o caixa do Fundo do Sistema de Proteção Social vai aumentar consideravelmente, pois todos os valores da bolsa incorporados, que sejam para os ativos ou inativos, terão incidência de recolhimento na alíquota atual de 10,5%.
VII – URGÊNCIA DO AUMENTO REAL E MAIOR PERCENTUAL DE INCORPORAÇÃO DA BOLSA EM JANEIRO/2022 –  É incontestável que houve um achatamento salarial dos últimos 11 anos na Polícia e Bombeiros Militares, aliado ao desmantelamento da legislação remuneratória, com a criação da bolsa desempenho que enganava quem estava na ativa e massacrava quem estava na inatividade.  Para corrigir esse desmantelo não remédio da noite para o dia. O Governo propõe incorporação em período muito longo ( três anos) o que não causará desembolso por parte do Governo em relação aos ativos. Um pseudo aumento agora de 10%  , na prática não é aumento, pois o Governo terá de fazer a equiparação do soldo de soldados e cabos, pasmem os senhores, que já chegaram a ter seus soldos menores do que o salário mínimo vigente no país.  Além disso os policiais e bombeiros , ativos e inativos, terão incidência de imposto de renda e previdenciária (proteção social), o que já causa perdas. Os policiais e bombeiros entenderam que seria urgente um aumento real perto de 25%, e percentual em torno de 30% de incorporação já agora em janeiro para que a negociação surtisse algum efeito prático.
VIII – O MOVIMENTO EM DEFESA DA CATEGORIA CONTINUA –  A rodada de negociações entre entidades e Governo não encerra a vigilância e a luta por melhoria para os policiais e bombeiros militares, pois ela é permanente.  Lei de Subsídio, PCCR para garantir as promoções devidas sem interferência e gerência da autoridade de plantão, beneficiando apadrinhados em detrimento de companheiros, respeito ao descanso do policial, equipamentos obrigatórios para o exercício da atividade, entre outros tantos temas de interesse da categoria, da corporação e consequentemente da sociedade. Portanto, independentemente, de acordo, ou não, a categoria deve caminhar unida em atos públicos, manifestos, Polícia Legal, e outras ações.
Marcelo José
Jornalista e advogado
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