A nota emitida pelo governadores, integrantes do Consórcio Nordeste, revela o assombro que o Movimento de 7 de Setembro vem provocando nos alcaides nordestinos.
Em um trecho da nota os governadores do Consórcio Nordeste dizem : “Reafirmamos que as instituições estaduais cumprirão a missão de proteger a ordem pública e, por isso mesmo, não participarão de qualquer ação que esteja fora da Constituição”.
A nota faz parte de um enredo de intimidação a policiais militares e até aos cidadãos brasileiros que, de forma voluntária e espontânea, pretendem ir às ruas no próximo dia 7 de setembro.
Onde estavam os mesmos governadores quando em outras épocas baderneiros ocuparam e fecharam estradas e vias públicas nas próprias capitais nordestinas ?
A constituição brasileira, para o bem da democracia, permite os atos públicos, ordeiros e pacíficos. A questão é outra, os governadores do Consórcio Nordeste perceberam que o povo vai às ruas denunciar a corrupção e os corruptos, e se contrapor a escândalos, como é o caso dos R$ 49 milhões pagos pelo povo nordestino, por respiradores que nunca chegaram à população.
Em outro trecho da nota os governadores do Consórcio Nordeste tentam se apresentar como se fossem maiores do que a nação. “Não permitiremos que atos irresponsáveis tumultuem o Brasil”
Esqueceram os governadores do Consórcio Nordeste que eles não são os donos do poder. A vontade popular está acima de mandatos temporários, afinal o poder emana do povo.
É importante, é essencial o povo ir às ruas para dizer o que sente e o que pensa de nossos governantes, inclusive dos ilustres governadores do já famoso “Consórcio Nordeste”.
Quem tumultua o Brasil há anos são os políticos que se utilizam do discurso de defesa da democracia para fazer prevalecer suas ideologias, e manter o sistema arcaico e corrupto.
Quando os movimentos no Brasil eram bancados com contracheques e empregos públicos, bloqueando estradas, provocando quebradeira, depredação do patrimônio público, nunca se ouviu falar em nota de nossos governadores do Consórcio Nordeste.
Não diante espernear. Deixa o povo protestar.
Marcelo José
Jornalista e advogado
