Sabe aquele ditado popular, que quando um não quer, dois não brigam? Nossas instituições querem briga. Uma briga que passou dos limites e coloca em risco a estabilidade nacional.
No caso da crise entre os ministros do STF e o presidente Bolsonaro, uma diferença fundamental, enquanto os parlamentares são eleitos e a imprensa livre, os ministros, como magistrados e guardiões da constituição, não podem fazer política, lobismo e conspirações, muito menos atropelar a ordem jurídica para atacar o presidente e seus apoiadores.
Relembrem que o STF retrocedeu sobre a possibilidade de prisão a partir de condenação em segunda instância por clara motivação política de retirar Lula da cadeia.
Um tempo depois, novamente interferindo na política brasileira, o STF resolveu anular os processos e condenações de Lula, lhe livrando da Lei da Ficha Limpa e devolvendo a possibilidade dele ser candidato.
O “golpismo” dos ministros do STF enterraram a maior operação anticorrupção da história do Brasil, a Lava Jato e na esteira dos benefícios a Lula, vários acusados e investigados tiveram seus processos e inquéritos arquivados, assim como vários outros criminosos conseguiram a liberdade, a exemplo de Eduardo Cunha e José Dirceu.
Recordando que dos onze ministros do STF, sete foram escolhidos por Lula e Dilma e dois por FHC e Temer, ou seja, o sistema político e corrupto que governou o país de 1989 até 2018, enxerga na maioria que detém na corte, a forma de resistir e retomar o poder.
Nas conversas e rodas de bate-papo sobre política todo mundo já atesta que quem manda no Brasil são os “Deuses do Olimpo”, no caso os ministros do STF.
O avanço é insano, déspota e inaceitável, os ministros nem dão bola mais para a Procuradoria Geral da República na hora de abrir inquéritos absurdamente inconstitucionais, que estão servindo para censurar e prender quem bem entender.
A revista Crusoé, por exemplo, foi censurada por matéria que envolvia o ministro Dias Toffoli na operação Lava Jato, noutros episódios assistimos o jornalista Oswaldo Eustáquio sendo preso, assim como o deputado Daniel Silveira e agora o ex-deputado Roberto Jefferson. — Depois de muito tempo, infelizmente, voltamos a ter presos políticos no Brasil.
Com todo esse cenário, mais nítido e claro impossível, quem vem polarizando com Bolsonaro as eleições vindouras não é Lula, muito menos alguém da tal terceira via, sem nome e sem cara, mas sim o sistema protagonizado pelo STF, o inimigo sem voto.
— Tanto que, há tempos, cobro nas pesquisas de opinião, a avaliação popular do STF.
Avaliação que Bolsonaro tem plena consciência, o que lhe motiva a enfrentar os ministros, que estão atuando como políticos e não como magistrados, ou seja, no campo da política, o político é Bolsonaro e não Barroso e Alexandre de Moraes, que estão abusando do poder e fazendo o jogo que Bolsonaro quer para suas narrativas.
Anotem, depois do pedido de impeachment dos ministros Barroso e Alexandre de Moraes, Bolsonaro vai requerer a suspeição dos mesmos, até em cortes internacionais, como vai tentar impedir que Alexandre de Moraes assuma a presidência do TSE e com razão.
— Com que condições de isenção tem Alexandre de Moraes em presidir as eleições do ano que vem?
A narrativa do STF e aliados do sistema será sempre a de carimbar em Bolsonaro o potencial de propenso ditador, que deseja a qualquer instante realizar um golpe, quando o verdadeiro golpe já ocorre, através das canetadas déspotas de nossos ministros supremos.
O capítulo final ocorrerá nas próximas eleições, maculadas pela insegurança, entre Bolsonaro e o candidato do STF, o ex-condenado Lula.
— Ao vencedor o direito de indicar mais dois ocupantes do STF e abalar ou ampliar a hegemonia de poder na corte, que hoje manda e desmanda, sem votos, o nosso país.