Os fatos apurados nas investigações no âmbito da Operação Calvário revelam crimes, mas simultaneamente às práticas ilícitas surgem também as condutas típicas de gestores que confundem autoridade com autoritarismo, agindo com intolerância, arrogância e a perseguição.
Na Paraíba houve um período em que os que ousassem a questionar a gestão Girassol eram perseguidos, eram demitidos mesmo se trabalhassem em empresas privadas.
Um simples vigilante , empregado de uma empresa privada, foi alvo da ira do então poderoso governador Ricardo Coutinho.
As investigações da Operação Calvário revelam que durante uma live do governador Ricardo Coutinho o vigilante postou um comentário xingando o gestor.
O nome do rapaz foi identificado pela equipe do governador, informando a Ricardo Coutinho que se tratava de um vigilante do cine São José, em Campina Grande, ligado a Funesc – Fundação Espaço Cultural -.
O republicano, democrático e ponderado governador Ricardo Coutinho deu ordem para que o rapaz fosse demitido “imediatamente”.
As informações constam em uma das diversas denúncias oferecidas pelo Gaeco/MPPB na Justiça da Paraíba contra o ex-governador Ricardo Coutinho.
Quantos trabalhadores, profissionais liberais, médicos, jornalistas, servidores públicos, experimentaram a ordem para serem demitidos, até mesmo de empresas privadas, por discordarem do regime que se instalou na política da Paraíba ?