Recentemente a jornalista brasileira Patricia Lélis filmou o ex-ministro Sérgio Moro nas ruas de Washington, nos Estados Unidos, onde sapecou em vídeo publicado nas suas redes sociais a seguinte frase: “O homem que destruiu o Brasil”.
Demorei a acreditar na notícia, que só podia ser piada ou “FakeNews”, mas não, de fato a jornalista culpa o Sérgio Moro, como também deve culpar a operação Lava Jato e não os corruptos, que por mais de uma década saquearam o Brasil.
A operação Lava Jato é um patrimônio nacional, mesmo com o sentimento de luto do cidadão honesto com as últimas decisões favoráveis a Lula no STF, sobretudo se olharmos a gigantesca quantidade de dinheiro roubado que foi recuperado para os cofres públicos.
A maior prova do roubo escabroso nos governos do PT é a devolução da fábula roubada aos cofres públicos, uma monta que pode chegar a 55 bilhões de reais.
Só nas varas federais cerca 9,1 bilhões de reais foram devolvidos aos cofres públicos, mais os 607 milhões de reais devolvidos em ações no STF, ou seja, quase 10 bilhões de reais foram devolvidos por réus confessos que fecharam acordos judiciais.
Tem mais, segundo as previsões do Ministério Público Federal, devem ser devolvidos mais de R$ 32 bilhões, através de multas e outros acordos. No STF em particular, os cofres públicos já receberam 800 milhões em multas pagas por conta da roubalheira.
Olha que ainda tem os montantes dos acordos de leniência com a confissão de empreiteiras, que renderão cerca deR$12,7 bilhões à União.
Então, a sem-vergonhice da jornalista Patrícia Lélis em culpar o juiz e não o ladrão ocorre num processo contínuo de narrativas de inversão de valores no Brasil de hoje, onde o poste é quem urina no cachorro.
Vejam o exemplo da CPI do Covid, onde seu presidente, o senador Omar Aziz é acusado de desvios na saúde e o relator, o senador Renan Calheiros, com dezenas investigações e processos, ainda é pai de governador investigado de desmandos no enfrentamento da pandemia.
Essa CPI inquisitória, parcial e eleitoreira, composta por senadores suspeitos, agora acusa o governo federal de superfaturamento na aquisição de uma vacina que não pagou um só centavo e que tem preço tabelado mundialmente.
Para piorar, a emenda a Medida Provisória 1026/2021 que autorizou a importação da Covaxin, vacina indiana pauta da polêmica, que teve como relator no Senado o Randolfe Rodrigues, foi subscrita pelo senador Omar Aziz e pelo irmão do senador Renan Calheiros, o deputado Renildo Calheiros.
Literalmente a emenda saiu pior que o soneto e mesmo assim, depois do depoimento dos irmãos Miranda, alguns senadores, dentre os quais Randolfe Rodrigues, resolveram apresentar uma queixa-crime no STF contra o presidente Bolsonaro por crime prevaricação.
O Deputado Luís Miranda, que ficou conhecido no país e no exterior por golpes financeiros, disse na CPI ter gravado conversa com o Presidente Bolsonaro, onde segundo ele foi apresentado suspeitas na aquisição da Covaxin e que soube através do irmão, funcionário do Ministério da Saúde.
Até o presente momento, nenhuma gravação foi revelada e mesmo que venha não há como imputar crime de prevaricação não havendo nenhum crime a denunciar, pois não há superfaturamento em vacina com preço tabelado mundialmente, onde nenhum centavo foi pago e nenhuma vacina Covaxin foi entregue.
Esse é o Brasil de hoje, estão procurando cabelo em casca de ovo para incriminar alguém do governo, sobretudo o próprio presidente, enquanto “passam pano” para Lula, que conseguiu do amigo da família, o ministro Lewandovsky, uma decisão que proíbe a justiça de utilizar provas e delações da Odebrecht nas ações que responde.
Aliás, Lula vem conseguindo tudo no STF de amigos, a liberdade, a anulação de seus processos e das provas contra si, a devolução de seus direitos políticos e praticamente o sentença da impunidade de seus crimes, que em breve estarão prescritos e mesmo não sendo juridicamente inocente, vai poder pousar de santo.
O resumo da ópera no Brasil de moral invertida é esse, ter o ex-ministro Sérgio Moro, que foi o principal juiz da operação que devolveu bilhões roubados aos cofres públicos sendo acusado de destruir o Brasil, assim como, ter um governo acusado de crimes na aquisição, que não houve de vacina que não pagou e não recebeu, enquanto Lula segue para a canonização, mesmo diante de tantas provas, delações e sobretudo devoluções bilionárias de comparsas e réus confessos.