É impressionante como políticos investigados, acusados e denunciados por ato de corrupção, associação criminosa, fraudes em licitação, e um corolário de outros crimes, gozam da benevolência de setores da mídia.
É como se nada tivesse acontecido, e cinicamente alguns desses déspotas desfilam por aí dando declarações, em entrevistas, “lives”, e até artigos para conceituados veículos.
Há políticos que foram presos em operações comandadas por órgãos e instituições sérias e respeitadas, como MPE, MPF e Polícia Federal, mas são tratados por seu status de líderes de partidos políticos.
Os cidadãos desse país a cada dia se envergonham e se indignam com tamanha desfaçatez de calhordas que tentam direcionar os holofotes da mídia para suas posições e opiniões políticas, tentando esconder a ficha criminal que respondem.
Em um país sério políticos presos , acusados de corrupção, com certeza estariam no esquecimento das pautas e naturalmente dos eleitores.
É preciso um estudo para compreender esses fenômenos que ocorrem no Brasil, e a Paraíba com certeza não está fora desse contexto.
De tantos crimes que respondem alguns já aprenderam a utilizar em seus discursos princípios consagrados como o da presunção de inocência.
A presunção de inocência é para os casos de dúvida quanto a materialidade e a autoria do crime. Há casos em que gravações de vídeo e de áudio, exaustivamente divulgadas, comprovadas em perícia da Polícia Federal, delações , e diversas outras provas, expõem claramente condutas criminosas de agentes políticos.
Nada mais depreciativo ao nosso estado em saber que acusados de crimes graves querem compor chapas, disputar eleições, figurar em palanques e usar o dinheiro do povo disfarçado de fundo eleitoral.
Marcelo José
Jornalista e advogado