Dias Toffoli, ex-advogado do PT, indicado por Lula, pode julgar Lula?
Lembrando ainda que de janeiro de 2003 a julho de 2005, o ex-advogado trabalhou na Casa Civil da Presidência da República, durante a gestão do ministro da Casa Civil José Dirceu, um dos mais enrolados réus da operação lava jato.
O Ricardo Lewandovsky, amigo da falecida Marisa, esposa de Lula, pode julgar Lula?
Ricardo Lewandowski teve o apoio da primeira-dama Marisa Letícia para ser nomeado ministro do STF por Lula.
A mãe de Lewandowski, Karolina, e a Marisa Letícia foram amigas e toda a trajetória do ministro na corte foi como “advogado” dos interesses do PT e de Lula.
Gilmar Mendes, desafeto de Sérgio Moro, pode julgar Lula?
No caso de Gilmar a ironia vexatória é ainda maior, já que o boquirroto ministro determinou a soltura do empresário Jacob Barata Filho, seu amigo, tanto que foi padrinho de casamento da filha.
O MPF pediu sem sucesso a suspeição de Gilmar Mendes neste caso do Jacob Barata Filho.
Na imprensa, o Kennedy Alencar chegou a dizer que o voto do Kássio Nunes Marques foi teleguiado pelo presidente Bolsonaro, que o indicou. Se for verdade ele também estaria sendo parcial.
Ora, como pau que bate em Chico bate em Francisco, Édson Fachin, Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Rosa Weber, Luís Fux, Luís Roberto Barroso e Ricardo Lewandovsky, todos indicados por Lula e Dilma não poderiam jamais julgar Lula.
Ainda tem o Marco Aurélio Mello, indicado por Fernando Collor, atual decano da corte, que teve sua filha, Letícia Mello, indicada por Dilma Rousseff, quando o ministro presidia o TSE, para ser Desembargadora do TRF2.
Por último temos o Alexandre de Morais, indicado por Michel Temer e que antes foi filiado ao PSDB e Secretário de Segurança do tucano Geraldo Alckmin, enrolado na Lava Jato.
Vejam que não escapa um, todos são parciais, todos com ligações próximas com réus na Lava Jato.
Todos julgando Sérgio Moro, que tem seus defeitos, mas que foi o primeiro juiz concursado do país que ousou enfrentar o sistema apodrecido, que se perpetua por décadas no Brasil.
O Brasil tem um falso presidencialismo, na prática o povo elege o “otário” que será refém do congresso e do judiciário.
Na verdade quem manda mesmo são os 11 ministros, que sem voto popular, distorcem a democracia brasileira por intermédio de um parlamento covarde e de “rabo preso”.
Os 11 capas pretas sabem disso e não julgam os políticos enrolados em crimes, no intuito de mantê-los com uma espécie de espada de Damocles sob suas cabeças.
Quem os afronta ou ameaça, eles perdem sumariamente ao arrepio da Lei, como foram as prisões ilegais do jornalista Oswaldo Eustáquio e do Deputado Federal Daniel Silveira.
Até censura, um dos atos mais abjetos de ditaduras, a corte suprema vem ordenando, como foi o caso da revista Crusoé, que publicou matéria onde Dias Toffoli foi citado em delação premiada na Lava Jato por Marcelo Odebrecht, como sendo o ministro o “amigo do amigo de meu pai”.
As cortes superiores do Brasil, para a nossa tragédia maior, instituições fundamentais para termos um verdadeiro Estado de Direito Democrático, se tornaram suspeitas e suas decisões contestadas pela sociedade, que não confia e nem acredita mais na justiça.
É inadmissível que parentes de magistrados atuem como advogados nas cortes que atuam. Segundo a imprensa sete dos onze ministros do STF tem parentes atuando na corte e no STJ onze dos trinta e três ministros. Como imaginar uma justiça imparcial assim?
Por fim, ao condenar Sérgio Moro, todo o judiciário está em suspeição, em particular os algozes da operação lava jato, que nos faz amargar a impunidade, a injustiça e a máxima que o Brasil é o paraíso dos corruptos.
Somos otários e palhaços, assim se sente o povo brasileiro, humilhado, desanimado, preso em casa por conta dessa pandemia que serve como pano de fundo para a liberdade de corruptos e ladrões.